A prefeitura do Rio de Janeiro não irá pagar a segunda parcela do 13º salário dos servidores municipais. A informação foi confirmada à TV Globo pelo secretário de Fazenda do Município do Rio de Janeiro, César Barbiero.
Segundo o secretário, a medida é "pontual e temporária" :"Hoje não pagarei, por conta da resolução. Entretanto, trabalhadores municipais da saúde no Rio de Janeiro protagonizaram a pouco uma importante luta contra Marcelo Crivella. Diversos trabalhadores estão sem salários há dois meses e denunciam as péssimas condições de trabalho impostas pelas Organizações Sociais de Saúde (OSS), empresas terceirizadas pela prefeitura que gerem partes do sistema de saúde no Rio.
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Todos os pagamentos e outras movimentações financeiras foram suspendidas pela prefeitura até segunda ordem. A resolução pela qual se pauta Crivella e sua gestão será publicada no Diário Oficial do Município.
A situação econômica do Rio de Janeiro mostra quão profunda é a crise capitalista que avança pelo país, atingindo em cheio o Estado. O primeiro setor a se colocar nas ruas contra Crivella foram os trabalhadores da saúde. Enquanto o prefeito afirma não ter verba para arcar com o salários e com as parcelas do 13º salário dos trabalhadores cariocas, anuncia a liberação de R$ 36 milhões para os Hospitais Albert Schweitzer e Pedro II.
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Enquanto isso, segue atacando e destruindo os serviços públicos e abrindo cada dia mais espaço para as empresas privadas, ostentando gastos em publicidade e propaganda feito pela prefeitura nos últimos dois anos - gastos, aliás, usados para melhora a imagem de Crivella depois de tantos vacilos com os serviços públicos municipais.
É necessário colocar a força dos trabalhadores e da juventude, que morre nas mãos da polícia assassina e da política de Witzel e Crivella, para fazer com que sejam os capitalistas que paguem pela crise.
Informações de O Globo
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