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TRANSFOBIA FAZ MAIS UMA VÍTIMA
Verônica, ativista trans em Santa Maria, é brutalmente assassinada com uma facada
Redação

Verônica de Oliveira, figura conhecida do movimento LGBTQI+, foi monstruosamente assassinada poucos dias após ser madrinha da Parada da Diversidade de Santa Maria. Basta de transfobia!

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Verônica era uma reconhecida ativista trans, uma referência para muitxs LGBTQI+ em Santa Maria. Na madrugada dessa quinta-feira, 12, ela foi morta com uma facada, sendo mais uma vítima da transfobia no país que mais mata pessoas trans no mundo. A parada da qual Verônica foi madrinha em 1 de dezembro teve o tema: "Que bom te ver viva". Ela também era responsável pelo alojamento que acolhia mulheres trans de toda região.

O delegado Gabriel Zanella relatou o ocorrido da seguinte forma: “A vítima, líder do grupo, foi chamada pelo indivíduo, o qual desejava a realização de programa sexual com alguma integrante do grupo. Ela e as demais não concordaram com o valor ofertado. Iniciou-se uma discussão com xingamentos mútuos, envolvendo, sobretudo, o suspeito e a vítima. Em um dado momento, o homem foi até o interior do automóvel, sentou no banco do motorista e tentou esconder uma arma branca (faca ou estoque). Nesta ocasião, mudou repentinamente de comportamento, tendo parado de proferir xingamentos. Quando iniciou a saída do local com o automóvel, desferiu um golpe de arma branca no abdome da vítima, que estava parada na rua”.

Vemos no caso do assassinato de Verônica a tragédia das mulheres trans, hoje relegadas em sua imensa maioria à terrível condição da prostituição, na qual estão sujeitas a todo tipo de agressão, opressão e abusos de diversas fontes. Desde a polícia até seus “clientes”, as mulheres trans forçadas a se prostituir por conta do preconceito que as impede de conseguir empregos, estão exposta cotidianamente ao que vimos ocorrer nessa madrugada com Verônica.

O desespero dessa situação foi expresso por Gabi Monteiro, amiga de Verônica que testemunhou o crime: "A ’Mãe Loira’ sempre nos ensinou o que era certo, de fazer as coisas certas. Não me sinto segura, depois de hoje, não mais". Como se sentir segura em uma sociedade em que a transfobia mata cotidianamente?

Nos somamos ao luto e à indignação trazidos pela morte de Verônica, e seguimos em luta por uma sociedade sem transfobia.

 
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