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MEC
Universidades Federais tem avaliação melhor do que privadas expondo mentiras de Weintraub
Redação

Segundo dados divulgados nesta quinta-feira (12), entre as universidades federais, mais da metade dos cursos tem notas consideradas de excelência. Nas universidades privadas com fins lucrativos, não só o número de cursos de alto conceito é menor, como é maior o número de cursos com nota “insatisfatória”.

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Foi divulgado nesta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o Conceito Preliminar de Curso (CPC) para o ano de 2018 de 8.520 bacharelados e cursos superiores de tecnologia, entre universidades públicas federais e estaduais, assim como privadas com e sem fins lucrativos.

O conceito é medido com base nos resultados do Enade (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes) e em corpo docente do curso, infraestrutura e recursos didático-pedagógicos, entre outros fatores. Cursos podem receber notas de 1 a 5, sendo as notas 1 e 2 consideradas insatisfatórias e podendo comprometer o funcionamento do curso, ao passo que notas 4 e 5 representam cursos acima da média em termos de qualidade.

Segundo os resultados divulgados pelo MEC, 56,8% dos cursos ofertados por universidades federais tem notas 4 e 5. Entre privadas com fins lucrativos, o número não passa de 28,3%. Na ponta mais baixa, somente 2,4% dos cursos de universidades federais foram descobertos terem notas 1 e 2, ao passo que, entre privadas, o número é de 10,7%.

Também foi divulgado o Índice Geral de Cursos (IGC), que dá notas às universidades com base no CPC dos últimos três anos. Neste, 68,6% das federais obtiveram as notas mais altas, número que cai para 18,1% entre privadas.

Os dados vão na contramão do discurso corrente do ministro da Educação, que frequentemente faz acusações espúrias e infundadas contra as universidades públicas e seus estudantes – como sua recente cruzada contra supostas “plantações de maconha” em campi universitários, cuja “evidência”, por própria admissão, o ministro “leu na internet” – ao passo que canta as graças das universidades com fins lucrativos.

Frente a um sistema de educação superior profundamente incapaz de atender aos anseios de grandes setores da juventude de alcançar a educação superior, as universidades privadas com fins lucrativos se multiplicaram a ritmos absurdos, não sem grandes incentivos dos governos. Universidades que mercantilizam a educação e exploram e endividam seus estudantes, precarizando os cursos e escalando mensalidades para aumentar cada vez mais seus lucros. Não por coincidência, além de terem muitos mais cursos de alta qualidade, as universidades públicas, quase exclusivamente, são as que produzem pesquisa no Brasil, sendo responsáveis por 95% da produção científica nacional. Hoje, a educação pública está na mira dos tubarões da educação, que com o apoio de Weintraub e Paulo Guedes avançam contra a universidade pública como novo terreno de privatização, precarização e exploração.

 
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