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SAÚDE
Mais veneno na mesa: Bolsonaro libera outros 57 agrotóxicos
Redação
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Ainda nem chegamos no mês de dezembro e o governo Bolsonaro já liberou, só neste ano, 439 pesticidas. Agora foram 2 agrotóxicos inéditos, um para o combate do percevejo marrom, que ataca as plantações de soja; e outro, biológico, que poderá ser usado em pequenas plantações para combater os pulgões, como as de alface.

Foram autorizados, também, 55 agrotóxicos genéricos, ou seja, variações de outros produtos já existentes no mercado. Dessas aprovações, um tem como ingrediente ativo o glifosato, que vem sendo questionado por vários pesquisadores, em diversos locais do mundo, sobre sua possível relação com o desenvolvimento de células cancerígenas no corpo humano.

O acefato também é o princípio ativo de outro genérico liberado, que tem restrição de uso no Brasil e só pode ser aplicado por máquinas, ou seja, usado nas grandes plantações. E, para encerrar, 2 que estão sendo reavaliados pelo Ibama: o iImidacloprido e tiametoxam, por suas possíveis relações com as mortes das abelhas, animais importantes para o equilíbrio dos ecossistemas.

Ou seja, essa liberação de agrotóxicos só visa favorecer o agronegócio - importante base do governo Bolsonaro - e os mega empresários da indústria de veneno. Como apontado por vários estudos, muitos desses princípios ativos liberados podem causar várias doenças não apenas por meio da ingestão do alimento, como também aos trabalhadores rurais que lidam diretamente com os agrotóxicos e às populações que moram perto das plantações, por meio do contato com ar e com a água dos rios.

Todo esse problema dos agrotóxicos está intimamente relacionado com o das pesquisas nas universidades. Por isso, não é de se estranhar que o governo busca cada vez mais deslegitimar as pesquisas, por meio de ataques ideológicos e também pelos recentes cortes de bolsas para a pós-graduação, assim como pela proposta do Programa Future-se, que tem como objetivo privatizar as Universidades Federais. Este projeto quer fazer com que todo o conhecimento das pesquisas sejam financiados e fiquem à serviço dos capitalistas, desses que, a cada dia, colocam quase 2 venenos a mais em nossas mesas e em nossas vidas.

É imprescindível um plano de lutas para que as universidades e as pesquisas sejam das trabalhadoras e dos trabalhadores, e que todo o conhecimento produzido seja para o benefício de toda a sociedade, incluindo o direito mais básico que os capitalistas, nem isso, querem nos permitir: o da alimentação.

 
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