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ELEIÇÕES CAELL-USP
Conheça o programa da chapa Pulso Latino: Pra poder contra-atacar para as eleições do CAELL-USP
Faísca Letras USP

Somos estudantes da Letras, de diversos anos e habilitações, maioria mulheres, independentes e da juventude Faísca – Anticapitalista e Revolucionária. Somos a maior chapa de oposição para a eleição do Centro Acadêmico; queremos um CAELL vivo, político e presente na vida de cada um deste curso, proporcionando espaços de vivência e debate para construir uma ampla unidade entre todos os estudantes, professores e funcionários, e nos organizar pra contra-atacar os governos Bolsonaro e Doria.

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Hoje, muitos estudantes se perguntam o que é e para que serve o CAELL e qual papel dessa entidade, o que é normal frente à inatividade da atual gestão. O CAELL precisa estar presente na vida dos estudantes, com uma forte comissão de comunicação, divulgando as coisas do curso, proporcionando os mais diversos espaços de vivência, como sarau, cervejada, festas, e espaços de estudo, para debater o que é excluído no nosso currículo, como a literatura negra, periférica, LGBT e de dezenas de mulheres que são consideradas escritoras menores fruto do machismo estrutural. Fizemos um chamado aos estudantes e às oposições para uma grande chapa unificada, para nós o mais importante é fortalecer o CAELL na situação política que vivemos. Dias depois, grupos da oposição fizeram também um chamado de unidade, ao qual respondemos prontamente pra avançar nessa conformação, porém eles não aceitaram, conformando a chapa Diadorim, de estudantes independentes e também do Juntos e do PSTU. Frente a isso, conformamos então a Pulso Latino para fazer pulsar a cultura, a vida e a resistência da América Latina em nosso cotidiano, mas mantemos o chamado à unidade a todas e todos estudantes e oposições para atuarmos juntos.

É urgente mudar o que foram os três anos de paralisia da gestão Viramundo, que agora compõe a chapa Veredas, que, junto à independentes, é composta por estudantes do PT e Levante Popular da Juventude, que também estão à frente do nosso DCE e da majoritária da UNE, entidade que representa os estudantes de todo o país. Esses grupos têm tido uma política que não está a altura de responder aos desafios colocados, não promovendo espaços de convivência, debate e organização política. Transformaram o CAELL e essas entidades em uma casca vazia, uma porta fechada e uma entidade esvaziada. Essa gestão não cumpre sequer tarefas elementares, como manter o espaço estudantil habitável e vivo, fazer a prestação de contas sobre o dinheiro do CA ou manter a doação de xerox organizada para os estudantes. Para nós, que estivemos nas salas de aula ao longo de todo o ano buscando nos organizar contra os ataques de Bolsonaro, faz-se urgente superar essa paralisia a partir de uma forte unidade.

O Centro Acadêmico tem um importante papel na nossa organização, podendo trazer debates políticos com professores, intelectuais e trabalhadores, sobre o que acontece na faculdade e na USP, e também no Brasil e no mundo. Frente a todos os ataques que vêm sendo aplicados pelo governo Bolsonaro contra a educação, os professores, os direitos democráticos, as mulheres, negros, indígenas, LGBTs e todos os trabalhadores, muitas vezes é difícil entender o que está acontecendo e o que fazer. Por isso, os debates constantes são importantes para nos posicionarmos. Com isso, as assembleias, que hoje estão secundarizadas durando apenas 20 minutos, também podem se tornar mais fortes, mais cheias e compreensíveis, por serem resultado de um acúmulo anterior.

A participação dos estudantes não pode se resumir a votar uma vez por ano na nova gestão. É fundamental que haja mais participação, que o CA seja vivo, plural e composto pelo maior número de pessoas, iniciativas e ideias. Por isso, além de chamar cada um de vocês para ser parte de transformar o CAELL, nossa chapa defende a proporcionalidade, para que as chapas que participam das eleições possam assumir juntas a gestão, proporcionalmente ao número de votos. Hoje, o CAELL é composto por uma chapa única, a que obtém mais votos. Para nós, isso enfraquece o CA, não representando todas as opiniões e limitando as ações às propostas de uma única chapa.

Para mudar isso, é preciso realizar um Congresso dos Estudantes da Letras que mude o estatuto. Queremos propor a todas as chapas e colegas de curso a realização desse congresso pois, somente com a força de todos, será possível uma grande iniciativa como essa. No Congresso, podemos debater todos os problemas do nosso curso, como a crescente falta de professores titulares e a precarização de seu trabalho com contratos precários; o currículo engessado que não permite mais integração entre as habilitações, questionando os critérios das disciplinas obrigatórias que excluem, por exemplo, as literaturas africanas, a falta de matérias sobre a cultura indígena, literatura periférica e LGBT, ainda mais frente a movimentos como o Escola Sem Partido que visam acabar de vez com essas discussões. Assim como a excludente falta de acessibilidade de nosso prédio a pessoas com deficiência, nossa enorme demanda de permanência estudantil, que segue excluindo estudantes da USP diariamente, a necessidade de apoio pedagógico aos estudantes de escola pública e apoio psicológico a todos.

Os filhos dos trabalhadores que conseguem furar o filtro social e racial do vestibular têm o direito de permanecer na universidade. A realidade de muitos nós é ter que trabalhar para se manter estudando, já que a bolsa permanência oferecida pela reitoria é R$400, o que sabemos que não garante a permanência de ninguém. Por isso, defendemos que o auxílio permanência seja de um salário mínimo. Além disso, a reitoria não garante moradia para quem precisa, e o CRUSP está totalmente precarizado. A fim de garantir esse direito, é preciso expandi-la, começando pelos blocos K e L e revitalizando o CRUSP. Toda essa realidade é ainda mais difícil para as estudantes e trabalhadoras mães, que não têm onde deixar seus filhos no período de aula, pois a única creche no campus Butantã não possui vagas suficientes para todas, por isso reivindicamos creches em todas as faculdades.

Dentro da Universidade, a precarização do trabalho cresce a cada ano por causa dos cortes dos investimentos na Educação. Neste ano, o estudante da Geografia, Filipe Leme, morreu durante seu estágio dentro da USP, pois a universidade está substituindo os trabalhadores efetivos por estagiários, tirando empregos e, ao mesmo tempo, o direito de estudar e de ter estágios que, de fato, sirvam para o aprendizado dos alunos e não para rebaixar os custos com mão de obra.

O HU é nosso e da população! Com a precarização do hospital e a falta de funcionários milhares de vidas da população de dentro e de fora da USP são colocadas em risco. Exigimos que a reitoria efetive os 179 trabalhadores contratados de maneira temporária e que inclua no seu orçamento plurianual a verba necessária para a contratação de funcionários efetivos para garantir a reabertura do HU que atenda a comunidade USP e toda a população da Zona Oeste. A precarização dos trabalhadores do bandejão também é enorme, com muitos adoecendo de tanta sobrecarga. Isso também vem aumentando a terceirização, fazendo com que milhares de mulheres negras recebam salários de miséria dentro da USP, e no bandejão, por exemplo, passem fome e sejam impedidas de comer a comida que ajudam a produzir. Não dá mais, é preciso defender a efetivação de todos os terceirizados sem necessidade de concurso público.

O governo considera as Ciências Humanas descartáveis e ataca a educação com cortes no orçamento, censura, repressão e precarização das escolas e das condições de trabalho e pesquisa, agravadas ainda mais com os cortes na CAPES e na CNPq. Muitos seremos professores, e assistimos com angústia a destruição cada vez maior das escolas públicas. Essa situação se agrava ainda mais com projetos como o “Future-se” e o “Marco Legal da Ciência” que aprofundam o financiamento privado da universidade. Defendemos a autonomia universitária e por isso, é preciso nos posicionarmos frontalmente contra a “CPI das Universidades” do governo Doria, que vem para fazer uma verdadeira patrulha ideológica e tentar abrir espaço para a cobrança de mensalidades, tornando a USP ainda mais excludente e racista do que já é.

Todos devem ter o direito de estudar em universidades públicas e gratuitas. Lutamos pela ampliação das cotas étnico-raciais proporcionalmente ao número de negros de cada estado, pelo acesso diferenciado das populações indígenas e para acabar com o filtro racial e social do vestibular, que impede a população negra e os filhos da classe trabalhadora de terem estudar e produzir conhecimento na universidade. As reitorias, de forma burocrática e autoritária, com Conselhos Universitários que têm mais empresários que estudantes, também fazem parte desse projeto de precarização e exclusão. A universidade precisa ser gerida pelos três setores que a compõe: pela grande maioria de estudantes, os professores, os funcionários e a comunidade. Uma estatuinte livre e soberana, pode dissolver o Conselho Universitário que temos hoje, conformando essa nova gestão; que coloque toda a produção do conhecimento da universidade a serviço da população trabalhadora que a sustenta.

O Judiciário golpista, que encarcera em massa a juventude negra das periferias, depois de centenas de dias de prisão arbitrária, soltou o Lula. Nós sempre exigimos sua liberdade e, agora, é preciso ir contra todo esse autoritarismo golpista, sem dar nenhum apoio político ao PT, que abriu caminho para essa direita, unindo-se a eles para governar e aplicando ataques contra os trabalhadores. Por isso, é preciso nos organizar em nossos cursos e que as entidades exijam da UNE que realize espaços de discussão para unir e organizar um plano para que possamos sair às ruas, como no dia 15 de Maio deste ano, com cada vez mais adesão, junto com os trabalhadores que podem parar esse país e mudar essa situação.

Em toda a América Latina, que sempre pulsou em arte e cultura de resistência, agora se respira luta. Nos inspiramos nos jovens, nas mulheres, negros e indígenas que estão na linha de frente de grandes processos que vem chacoalhando nosso continente; no Chile, na Bolívia, no Equador, a população em luta coloca medo na direita internacional. Como sempre mostrou nossa história marcada por resistência e enfrentamento, esses ares não tardarão a chegar no Brasil, e pra isso nos preparando nos unindo e nos organizando.

INICIATIVAS E PROPOSTAS

  • CAELL informa - vídeo e podcast
    Para divulgar as principais atividades na faculdade e notícias sobre o que está acontecendo dentro e fora da USP de forma dinâmica; com estudantes, professores e trabalhadores.
  • Revista mensal da Letras
    Aberta a todos os estudantes que queiram publicar seus poemas, desenhos, artigos de opinião sobre os mais diversos temas.
  • Congresso dos estudantes da Letras
    Faremos um chamado a todos os estudantes da Letras para debater todas as questões relacionadas ao custo de letras.
  • Cine-Letras
    Cine-debate organizado toda última quinta-feira do mês, com pipoca e refrigerante, e temáticas variadas.
  • Saraus, cervejadas e festas, para além de outras iniciativas de integração
  • Semana de Estudos Linguísticos e Literários
    Uma semana unificada com os professores e trabalhadores da faculdade, impulsionada pelo centro acadêmico, visando o debate de estudos da língua e da literatura.
  • Festival de Arte Independente “Carolina Maria de Jesus”
    Pra que todos os estudantes exponham qualquer tipo de arte que produzem: teatro, música, literatura, artes visuais e et
  • Aliança e Apoio aos Coletivos
    Fortalecer a aliança e o apoio ao Coletivo Negro Claudia Silva Ferreira, o Coletivo Feminista Marias Baderna e o Coletivo de Diversidade Sexual e de Gênero.
  • Chamado a um encontro de mulheres e LGBTQI+ da FFLCH
    Propomos um grande encontro que proporcione amplos debates e iniciativas sobre a realidade das mulheres e LGBTQI+ dentro e fora da universidade.

BANDEIRAS POLÍTICAS:

  • Em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade. Contra os ataques do Bolsonaro, como o “Future-se” e o “Marco Legal da Ciência”.
  • Contratação de todos os professores necessários, com reposição automática, sem contratos precários, em regime de dedicação exclusiva, defendendo a qualidade do trabalho docente e do ensino .
  • Por permanência estudantil para toda a demanda: auxílio permanência de um salário mínimo. Ampliação do CRUSP começando pelos blocos K e L e o revitalizando. Creches em todas as faculdades para as estudantes e trabalhadoras mães.
  • Proporcionalidade, que todas as chapas que participam das eleições possam assumir juntas a gestão, proporcionalmente ao número de votos.
  • Unidade com os professores e trabalhadores, apenas juntos podemos defender a USP e a educação.
  • Ampliação defesa das cotas étnico-raciais rumo ao fim do Vestibular, pra que toda a juventude tenha direito à universidade pública, gratuita e qualidade.
 
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