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GOLPE NA BOLÍVIA
Bolívia: Deputados do partido de Evo (MAS) propõe negociar com golpistas e traem resistência popular ao golpe
Liga Obrera Revolucionaria por la Cuarta Internacional

Em uma sessão anormal da Assembléia Legislativa Plurinacional, foi aprovado um projeto de lei para que as Forças Armadas retornem ao quartel e foi expressa a vontade de "não atrapalhar" a administração da auto-nomeada presidente Jeanine Añez. O MAS usa a mobilização como uma carta de negociação.

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A bancada do MAS, que mantém uma grande maioria na Assembleia Legislativa, ontem conseguiu entrar no parlamento após incidentes em que esses deputados foram reprimidos pela polícia, para realizar uma sessão em que votaram uma lei para que as Forças Armadas retornassem aos quarteis para "evitar mais mortes" e feridos pela repressão. Também se elegeu o presidente da Câmara dos Deputados, o uninominal de El Alto, Sergio Choque, que afirmou buscar a elaboração de uma agenda eleitoral compactuada com o golpe de Estado para pacificar o país. Na mesma linha, o senador Omar Aguilar, do MAS, falou em entrevistas de rádio afirmando que "Nosso objetivo é pacificar o país, não é bloquear essa gestão de transição de #JeanineAnez". Do México, Evo Morales chamou por um grande diálogo nacional e Ele disse que estava disposto a retornar ao país se isso contribuísse para a pacificação.

Com essa orientação, o Movimento ao Socialismo (MAS) pretende usar a crescente mobilização e resistência ao golpe cívico policial e militar, não para derrotá-lo, mas para negociar uma eventual participação eleitoral, deixando os líderes do golpe controlar uma eventual transição. Dessa forma, deixa clara sua disposição de negociar com os líderes do golpe reconhecendo e concedendo legitimidade à auto-nomeação de Añez como presidente e permitindo que o novo gabinete ministerial avance contra os trabalhadores, camponeses e o povo mobilizadas, como já anunciado por Arturo Murillo, novo Ministro do Governo, que pretende impor ordem com base na repressão e perseguição política contra aqueles que descreveu como "revoltosos".

É urgente que a mobilização popular aprofunde os mecanismos de auto-organização e coordenação dos centros de resistência, impedindo qualquer pacto e negociação com o golpe e evite que a mobilização que eles corajosamente mantêm de El Alto e das comunidades rurais seja usada como moeda de troca consolidar e legitimar o golpe de Estado consumado nos últimos dias.

 
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