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JUSTIÇA RACISTA
Promotora bolsonarista que descartou relato de porteiro também arquivou caso Amarildo
Redação

Além de ser fã declarada de Bolsonaro e Rodrigo Amorim, a promotora Carmen Eliza Bastos de Carvalho, que é investigadora do caso Marielle, pediu o arquivamento do caso Amarildo.

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Carmen Eliza Bastos de Carvalho, do MP-RJ, foi uma das promotoras que deu uma coletiva de imprensa descartando o depoimento do porteiro do condomínio onde residia Jair Bolsonaro e que afirmava que o suspeito de assassinar Marielle Franco, Élcio Queiroz, teria interfonado para sua casa. Como mostramos aqui, ela é eleitora e fã assumida de Bolsonaro, bem como de Rodrigo Amorim, deputado que quebrou publicamente uma placa com o nome da vereadora do PSOL assassinada. Além disso, ela é fundadora de um movimento de direita do judiciário para endurecer penas e impedir que os acusados possam sair da prisão se não forem considerados perigosos na audiência de custódia.

Mas, incrivelmente, isso não é tudo: a promotora tem outro caso escabroso em seu currículo, que é o pedido de arquivamento do caso Amarildo Dias de Souza. O pedreiro, que foi brutalmente assassinado pela polícia em julho de 2013, se tornou um símbolo nacional da luta contra a violência policial e sua impunidade, após ter desaparecido na favela Rocinha, onde vivia. A frase “Cadê o Amarildo?” atravessou o país, se incorporando aos gritos dos milhões de manifestantes que foram às ruas naquele momento.

Em um primeiro processo, a Justiça havia condenado 12 policiais por terem torturado, assassinado e ocultado o corpo de Amarildo. Contudo, num segundo julgamento, a promotora - que hoje desacredita o relato do porteiro que testemunha contra Bolsonaro – pediu o arquivamento do processo. Segundo ela, o motivo é que a investigação não havia “avançado”.

Esse é o judiciário racista e assassino que mantém no Brasil uma das maiores populações carcerárias do mundo, majoritariamente negra, com mais de um terço sem ter sequer sido julgada – tal como defende o movimento fundado por Carmen Bastos. Das mãos dessa instituição não poderá vir nenhum tipo de justiça, só o que poderá garantir a punição dos culpados por mortes como as de Amarildo e Marielle é a mobilização independente dos trabalhadores e da juventude.

 
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