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CHILE
Chilenos recusam migalhas de Piñera e protestos contra políticas neoliberais seguem tomando as ruas
Redação

Sebastian Piñera, presidente do Chile, voltou atrás em algumas medidas que despertaram a fúria do povo chileno, entretanto, a rebelião prossegue e manifestantes recusam migalhas da burguesia.

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Milhares de chilenos lotaram uma praça no centro da capital, nesta terça-feira, no 12º dia de manifestantes que começaram como atos contra uma alta no preço da passagem de metrô e se tornaram um movimento massivo questionando todas as medidas neoliberais do governo de Sebastian Piñera, aliado de Bolsonaro. A rebelião chilena colocou em xeque o dito "sucesso das políticas neoliberais" no Chile, colocando em alerta governos latino-americanos e do mundo todo.

Os chilenos iniciaram os protestos críticas ao modelo econômico dominado pelo imperialismo, com o sistema previdenciário total ou parcialmente privatizado e custos elevados para se obter saúde e educação. O ditador Pinochet foi responsável por avançar massivamente com a privatização de serviços públicos no Chile, e um dos mais sanguinários ditadores da América Latina é para Bolsonaro um exemplo.

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A repressão, apesar de Piñera ter retrocedido com o toque de recolher, segue firme e manifestantes enfrentam policiais e militares construindo barricadas e garantindo as manifestações que paralisam cidades chilenas.

A aprovação do presidente Sebastián Piñera está em 14%, segundo pesquisas recentes. Piñera recuou do aumento no metrô e fez outras concessões, mas não conseguiu até agora conter os protestos.

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Uma das pautas levantadas pelos chilenos é abrir um processo de Assembleia Constituinte buscando atacar o controle imperialista e o predomínio das privatizações, parte da política neoliberal, que é um dos pilares da situação de crise chilena.

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Seis partidos oposicionistas controlam a Câmara dos Deputados e o Senado e aprovam mudanças na Constituição, mas não têm votos suficientes para isso, tornando o apoio das siglas governistas crucial.

Ainda assim, é importante destacar que, para que o processo de Assembleia Constituinte possa ser construído pelas bases da população, para atacar a burguesia nacional e o imperialismo, que hoje torna miserável a vida dos chilenos, é necessário batalhar para que a construção dessa nova Constuinte seja livre e soberana.

Lara, militante da Juventude Faísca e correspondente no Esquerda Diário no Chile explica mais sobre as manifestações

As batalhas dos chilenos nas ruas, recusando qualquer migalha vinda de Piñera, deve ser canalizada com uma saída com independência de classe, sem buscar acordos com essa burguesia ajustadora, e sem permitir que as burocracias freiem a potencialidade dos manifestos.

A Assembleia assim não deve ter nenhuma restrição para abordar todas as questões que impõe tal situação para a juventude e os trabalhadores chilenos. Todas as características centrais do Chile hoje são heranças da ditadura de Pinochet: a entrega de recursos - com a água ou o cobre - aos grandes capitais nacionais e estrangeiros, os salários baixos, os contratos precários, o sistema de AFP.

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Uma assembleia constituinte livre e soberana, capaz de por fim nas políticas neoliberais e atacar o lucro dos patrões, deve se depositar na força dos trabalhadores e da juventude no terreno da luta de classes.

 
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