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PORTO ALEGRE
Estudantes no RS fazem ato contra a precarização na educação feita pelo governo Leite
Redação Rio Grande do Sul

Ocorreu hoje, 29 de outubro, em Porto Alegre (RS), uma manifestação em defesa de um dos principais institutos estaduais de educação, o Instituto de Educação General Flores da Cunha, e contra todo o sucateamento que vem sofrendo a educação estadual. O ato protagonizado pelos estudantes secundaristas contava também com professores da comunidade escolar do Instituto, e ja é a terceira mobilização em uma semana.

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A situação do Instituto é de calamidade: desde 2011 há um apelo para que o governo libere verbas para a restauração da escola que encontra-se em condição de sucateamento. A instituição é um patrimônio público, tombado e que vem se desmanchando por falta de cuidados e descaso do governo do estado. O Instituto é um patrimônio público importantíssimo, e, para além de um espaço educacional, é também um patrimônio histórico, pedagógico e cultural, contando até mesmo com obras de artes no seu interior.

Para os alunos e professores, o transtorno é gigantesco: por conta da falta de boas condições no Instituto, várias turmas estão sendo transferidas para outras instituições em vários cantos da cidade, e a escola se vê se “desintegrando” ao poucos. Até mesmo porque por questões de acessibilidade e de precarização das condições de aprender, a evasão dos alunos está sendo escandalosamente alta. As turmas hoje contam com a metade de alunos que tinham originalmente, que conseguiram manter sua vida escolar nessas condições, mas que estão totalmente insatisfeitos.

Ainda em 2011, foi dito que teriam sido liberados cerca de 20 milhões os quais seriam destinados a restauração do Instituto, que ficou na mão de uma empresa que não cumpriu prazos, assim rapidamente os 20 milhões foram retirados de disposição. Em 2017 o governo disse que colocaria um fundo de 8 milhões para realizar essa restauração. Porém nem o ex governador Sartori e nem o então governador, aliado de Bolsonaro, Eduardo Leite têm como prioridade a qualidade da educação pública.

Muito pelo contrário, diante da crise capitalista, querem justamente precarizar a educação pública e atacar o setor público para garantir o crescimento do lucro dos capitalistas, fazendo com que a classe trabalhadora pague pela crise que os próprios capitalistas criaram! É a serviço disso também que está o nefasto ataque a todos os servidores públicos que é o novo pacote do Leite. Não satisfeito em destruir a educação pública e precarizar as condições de trabalho da classe trabalhadora, Leite avança para precarizar a vida no estado arrochando salário, privatizando o patrimônio público e retirando direitos básicos dos servidores e sucateando a educação.

Leia também: Ataque à organização sindical: Leite quer impedir liberação de professores para assembleias

É necessário erguer uma enorme mobilização contra esse projeto de descarregar a crise na classe trabalhadora desde já. A única saída capaz de fazer frente a esses ataques reacionários é um forte unificação entre o movimento estudantil e o movimento da classe trabalhadora, que são os reais interessados em acabar com a precarização do estado, levantando juntos suas pautas contra o governo Leite, tomando como exemplo a luta de classes que arde nas ruas da America Latina fazendo com que ataques como esses recuem. Só assim poderemos fazer com que os capitalistas paguem pela crise!

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