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MANIFESTAÇÕES NO CHILE
Façamos como Chile: Nota de apoio do CASS UERJ a luta da juventude com os trabalhadores
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NOTA EM APOIO À LUTA DO CHILE - CASS UERJ GESTÃO PARA PODER CONTRA-ATACAR

Estamos vendo em diversos lugares do mundo demonstrações de luta como reposta a uma vida de miséria, trabalhos precarizados, entre outras perversas atrocidades que o capitalismo nos reserva. A América Latina tem sido um grande exemplo de demonstração de uma resposta a esses ataques, com a população de países como Equador, Haiti, Honduras, Uruguai e o Chile demonstrando nas ruas a indignações para com as políticas que através dos governos são implementadas.

Estudantes e trabalhadores chilenos marcados pela herança da ditadura pinochetista e pela continuidade da política neoliberal através do governo direitista de Sebastián Piñera, ao qual faz do país “parquinho” de interesses do FMI junto dos capitalistas, fazendo com que a privatização tome conta “do ar que os chilenos respiram” e junto a isso condições precárias de vida. Como forma de mais uma vez colocar o projeto capitalista em que os trabalhadores sejam cada vez mais explorados e carreguem o peso da crise capitalista com as suas vidas, novos aumentos das tarifas de transporte foram anunciados nesse mês, acarretando no estopim para que se iniciasse diversas manifestações ao longo do país, parte majoritariamente protagonizada pela juventude. Porém não parou por aí: os catracaços, as barreiras de jovens nas estações contagiaram os trabalhadores que se somaram a luta compartilhando da mesma insatisfação e ódio. Ambos como combustível para dar uma reposta a direita, ao plano de ajustes de Piñera, as medidas autoritárias e violentas tomadas (repressão do Estado por parte da polícia, mortes de manifestantes, estado de emergência e a tomada das Forças Armadas as ruas) por parte do governo Piñera e exigir uma saída em não seja dita pelos capitalistas, o FMI, pelo governo de Sebastián Piñera e sim os trabalhadores e a juventude.

Muito tem a ver a luta desencadeada ao redor do mundo com o Brasil. No Chile assim como em toda América Latina, marcas deixadas pela ditadura como forma de “acabar com o comunismo” se perpetuam até hoje e inclusive frequentemente são referenciadas. Assim fez Bolsonaro, que em sua ida ao Chile em setembro destacou o atual presidente Piñera juntamente com a ditadura assassina de Pinochet e nessa terça-feira (22/10) voltou a referenciar ambos. Sabemos o quanto isso tem a ver com o impacto da luta de classes em estremecer a América Latina e colocar em jogo todo o projeto da direita de entrega de nossas vidas ao imperialismo de Trump e a uma vida de precarização, por isso mais do que nunca há de se lutar de forma independente através da auto organização dos estudantes e trabalhadores, sem que a burocracia freie a expansiva força da classe trabalhadora. Dentre as manchas nas praias do nordeste, as violências do Estado e essa semana com a Reforma da Previdência aprovada, fica ainda mais evidente de assim como chilenos devemos seguir na linha de frente na luta para barrar esses ataques.

A luta dos nossos companheiros deve ser acompanhada e debatida entre nós fortemente, como forma de nos moralizarmos, seguir os exemplos e manter acesa a chama da luta de classes que retorna com esses levantamentos. Entendendo que assim como os chilenos vêm demonstrando, é nas lutas que apresentaremos caminhos em defesa da educação, das bolsas, de universidades a serviço da classe trabalhadora e para derrotar as reformas e todos os outros ataques. E que junto a isso não é de se esperar que a grande mídia traga pra nós o que realmente acontece, sabemos que escancaradamente ou não seguem sendo um meio pelo qual o Estado desmoraliza e criminaliza tais embates e que inclusive passe por não transmitir as perversidades que a violência do governo, principalmente do Piñera vem se colocando a fazer contra a vida do povo chileno.

Nós do CASS reivindicamos e apoiamos a luta dos chilenos. Como parte disso estaremos realizando o debate no conjunto do curso para melhor compreensão e seguir acompanhando. Desde já viemos por meio desta prestar nosso apoio e fazer um chamado para que as entidades que representam o conjunto dos estudantes estejam a serviço de reafirmar esse momento tão importante para a luta de classes, através de espaços de debates afim de, assim como os chilenos, também possamos ser fortes participantes na luta.

 
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