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Nenhum trabalhador deveria ganhar menos de R$ 3.980,82. Quanto falta no seu salário?
Movimento Nossa Classe
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Segundo o DIEESE, departamento criado e mantido pelo movimento sindical para pesquisas sobre a vida e as demandas dos trabalhadores no Brasil, o valor do salário mínimo necessário no país em setembro deste ano deveria ser de R$3.980,82.

Esse valor é calculado a partir do custo das necessidades vitais para o trabalhador e sua família, como moradia, alimentação, educação, saúde, transporte, vestuário, higiene e lazer. Também é levado em consideração as particularidades regionais do país, com seus costumes, preços e quantidades consumidas dos produtos da cesta básica.

Na Constituição de 1988 o salário mínimo foi fixado por lei e deve ter reajustes periódicos que preserve o poder de garantir esses itens de básicos para a vida da população.

Além da tão falada inflação, outros mecanismos do governo vêm interferindo e deteriorando o direito básico do salário mínimo. A reforma trabalhista, por exemplo, apresenta a modalidade de trabalho intermitente, ou seja, aquele que a jornada mínima de trabalho não está garantida e você recebe apenas pelas horas de efetivo trabalho. Isso significa dizer que o patrão pode te contratar para trabalhar apenas 5 horas e pagará por essas 5 horas, sem nada a mais.

Num país com alto índice de desemprego, e que cada vez mais oferece apenas postos de trabalhos precários o que resta para sobrevivência de uma grande massa de jovens e provedores de famílias é aceitar o trabalho intermitente, empregos informais ou terceirizados.

Hoje o que vemos é a total liberdade dos empregadores de contratarem como e por quanto quiserem que o salário mínimo pode ser considerado o salário máximo, já que nem ao menos os míseros R$ 998,00 fixados por lei são respeitados.

Segundo a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, até agosto deste ano apenas 403 mil postos de trabalho com carteira assinada foram criados em todo Brasil.

Em contrapartida, o que se notou foi o surgimento de um exército de entregadores de bike de aplicativos como Rappi, Uber Eats e iFood, que trabalham até 16 horas por dia, 7 dias por semana, sem nenhum direito, em situações de risco e precárias, e ainda assim sem garantir o sustento básico das famílias.

Mesmo as mídias burguesas são obrigadas a noticiar as bárbaras notícias de mortes e acidentes de trabalho desses jovens entregadores, que tombam por exaustão e pelos riscos físicos em que foram colocados pela política de entregas rápidas e baratas.

O valor do salário mínimo necessário em setembro, de R$3.980,82, é quase 4 vezes maior que o real de R$998,00, imposto pelo governo.

Para o ano de 2020 Paulo Guedes e Bolsonaro já anunciaram que farão a correção do salário mínimo considerando apenas a inflação de 4,02%, com isso o salário mínimo deve chegar aos “inacreditáveis” R$ 1.039,00. Não é uma preocupação do governo um aumento real e uma política de valorização do salário mínimo que se baseie nas necessidades reais dos trabalhadores e suas famílias.

Para patrões, empresas e governos a ideia é clara: para os trabalhadores nada, e nada mesmo. Para os lucros tudo, e tudo mesmo, até nossas vidas.

E você, trabalhadora e trabalhador, quanto faltam e o quanto é roubado do seu salário para que fosse o que é realmente necessário?

É por esse motivo, e tantos outros, que o Esquerda Diário e o Movimento Nossa Classe querem impulsionar uma forte campanha de denuncia da precarização do trabalho em que hora os brasileiros estão submetidos e assim gritar forte que nossas vidas valem muito mais que os lucros deles.

Mande sua denúncia para o Esquerda Diário!

 
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