Os sintomas incluem coceiras e feridas na pele, enjoo, dor de cabeça, entre outros, e variam segundo a forma de exposição. Não houve nenhuma internação. Porém, estima-se que dezenas de outros voluntários que têm ajudado a retirar o óleo das praias também tenham apresentado reações mas não tenham ido ao hospital, de modo que o verdadeiro número tenha sido subnotificado. Além dos 17 civis, quatro militares também foram atendidos por médicos da marinha.
O descaso das autoridades para com os voluntários é perceptível, por exemplo, na nota em que a Secretaria Estadual de Saúde alega não haver casos que tenham “a necessidade de uma atenção de maior complexidade.” Além de São José da Coroa Grande e Recife, já foram afetadas praias de Tamandaré, Srinhaém, Rio Formoso, Barreiros, Ipojuca e Cabo de Santo Agostinho.
Não é de hoje que esse governo assume posições catastróficas que servem apenas aos grandes empresários capitalistas. Já vimos esse filme nas tragédias da Vale em Brumadinho, nas queimadas da Amazônia e agora em mais um desastre sócio-ambiental que atinge dezenas de praias do litoral brasileiro. Enquanto destroem o meio ambiente, Bolsonaro vende as riquezas naturais e o pré-sal ao imperialismo.
Este é mais um caso de desastre ambiental que se intensifica e se desenha nesse sistema capitalista. Ainda não se sabe ao certo qual é a proporção e quais serão suas consequências para quem sofre com a ganância das grandes grupos empresariais que sugam e exploração cada parte dos recursos naturais. É evidente que quem é atingido e sofre diariamente são os animais, a população e os trabalhadores.
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