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REFORMA DA PREVIDÊNCIA
Reforma da previdência é aprovada sob silêncio ensurdecedor das Centrais Sindicais
Redação

Reforma da previdência, que fará os brasileiros morrer trabalhando, é aprovada em segundo no Senado sob silêncio ensurdecedor das Centrais Sindicais, traindo novamente a luta dos trabalhadores em nome de seus privilégios.

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A reforma da previdência, um dos ataques mais brutais contra os trabalhadores, que nos fará trabalhar até morrer foi aprovada em segundo turno no Senado foi a última etapa da tramitação desta reforma, que seguirá diretamente para promulgação pelo plenário do Congresso Nacional.

Jogam nas costas da classe trabalhadora a conta da crise destruindo direitos que os trabalhadores conquistaram em base a muita luta há décadas. Além disso, avançam no desmonte dos serviços públicos e da privatização, para entregar de mãos beijadas o país nas mãos da burguesia e do imperialismo estadunidense.

Saiba mais: Senado confirmará hoje ataque às aposentadorias, com votação em segundo turno

Enquanto isso, as maiores centrais sindicais, que organizam a maior massa de trabalhadores do país, a CUT, dirigida pelo PT, e a CTB, dirigida pelo PCdoB, permanecem em um silêncio ensurdecedor.

Pelas costas dos trabalhadores, negociam por uma "reforma desidratada", buscando garantir seus próprios privilégios e traindo descaradamente a classe trabalhadora. No dia primeiro de outubro, no dia em que ocorrereu a votação da reforma em primeiro turno no Senado, as principais centrais sindicais sentaram com Rodrigo Maia (DEM), um dos principais articuladores deste ataque.

O objetivo desta reunião era garantir que menos ataques atravessassem as burocracias sindicais, uma vez que com a reforma trabalhista aprovada por Temer em 2017, as burocracias sindicais perderam até 80% da arrecadação sindical. Nesta reunião, trairam novamente os trabalhadores negociando com o Congresso uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) buscando um acordo que beneficie a patronal e que garanta seus privilégios.

Relembre: CUT e CTB se reunem com Maia e negociam acordos via reforma da previdência: Parem de negociar nossos direitos!

É importante destacar que a reforma trabalhista, que aos poucos chega no chão de fábrica e pouco a pouco encontra resistência por parte dos trabalhadores para ser implementada, foi aprovada dado uma brutal traição das centrais, que não articularam minimamente nenhum nível de resistência contra um ataque que fez retroceder décadas de direitos trabalhistas.

Diante da aprovação da "mãe de todas as reformas", a previdenciária, que atualmente é analisada até mesmo por analistas burgueses como insuficiente para garantir que a crise capitalista seja paga pelos trabalhadores, as burocracias sindicais, que já negociaram seus privilégios com os governos e com a patronal, não articulam a força da classe trabalhadora para impor esta derrota ao governo Bolsonaro, ao congresso e ao judiciário.

O chile mostra o caminho: juventude e trabalhadores nas ruas contra os governos de direita e seus projetos neoliberais

Ao nosso lado, há alguns quilômetros, centenas de milhares de jovens e trabalhadores chilenos apontam o caminho. A rebelião no Chile contra o aumento das tarifas do transporte público impostas por Sebastián Piñera, atual presidente e alinhado à Bolsonaro, mostra a força explosiva da juventude e dos trabalhadores colcoadas no terreno da luta de classes.

Veja também: Bolsonaro reivindica a ditadura sanguinária de Pinochet como resposta à rebelião do Chile

"Modelo de país" para Bolsonaro, e principalmente para Guedes, o Chile possui hoje uma previdência privada responsável por trabalhadores aposentados sobrevivendo com salários de fome, e para além disso, é responsável por um aumento exponencial nos índices de suicídios de idosos, que se veem sem salário, sem serviços públicos de qualidade.

Saiba mais: O sonho de país capitalista para Guedes era o Chile, se tornou seu pesadelo

As centrais sindicais precisam romper imediatamente com este silêncio. É necessário organizar toda a classe trabalhadora brasileira, em aliança com a juventude que se mostra como polo mais dinâmico contra Bolsonaro, capaz de incendiar os trabalhadores. Somente com toda essa força colocada nas ruas, no campo da luta de classes, organizadas em torno de um plano de lutas que não separe os ataques econômicos e políticos, é capaz de por abaixo o plano de Bolsonaro, capacho do Imperialismo, do congresso e do judiciário, para fazer com que os capitalistas paguem pela crise que eles mesmos criaram.

 
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