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CHILE
Piñera estende o toque de recolher e dezenas de milhares se manifestam no centro de Santiago
Redação

Dezenas de milhares de pessoas se manifestaram em Santiago do Chile contra a militarização e o governo de Piñera, que estendeu o toque de recolher a novas regiões.

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Depois da coletiva de imprensa deste domingo na qual o presidente Piñera assegurou que o Chile está “em guerra contra um inimigo poderoso”, o governo anunciou esta segunda-feira um aumento na militarização e repressão aos manifestantes.

Em uma verdadeira provocação o governo declarou a extensão do toque de recolher a três regiões. Em Valparaíso e Rancagua começará às 20 horas e na província de Concepción, às 18 horas.

Embora os grandes meios de comunicação quisessem mostrar desde cedo uma situação de “normalidade”, onde supostamente houvesse se superado as manifestações de rua e tudo voltasse à calmaria, a realidade mostrava o contrário.

Já de manhã colunas de trabalhadores portuários de manifestavam nas ruas de Antofagasta e outras cidades, paralisando 20 portos do país (90% do total) e fazendo um chamado à greve geral para acabar com o estado de exceção.

Ao chamado também se somaram os mineiro de La Escondida. Às manifestações, estudantes secundaristas e universitários. Além disso, em várias universidades e escolas do país se realizaram assembleias para discutir a necessidade de uma paralisação e como seguir as mobilizações.

Em Santiago, que amanheceu com relativa calma, ao finalizar as assembleias estudantis, os e as jovens começaram a marchar para a Praça Itália, no centro da cidade, conseguindo o apoio da população, que também começou a se concentrar, chegando a dezenas de milhares por volta das 16h.

Em alguns pontos da marcha policiais começaram a arremessar gases lacrimogêneos tentando dispersar os manifestantes.

Em outras zonas de Santiago, como a praça Ñuñoa, onde no domingo houve uma importante manifestação pacífica, voltaram a convocar milhares de pessoas para um panelaço.

Com palavras de ordem como “que saiam os milicos” ou “fora Piñera”, os manifestantes mostram que estão dispostos a enfrentar o discurso repressivo e criminalizador do governo. Este clima que tratou de instalar, com ajuda da imprensa oficial, não está conseguindo mudar a situação nacional de mobilização, pelo contrário, tem resultado em uma maior desobediência civil e organização em diversos setores para dar resposta à um governo intransigente e, sobretudo, para avançar em solucionar demandas estruturais como o fim das Administradoras de Fundos de Pensão (No+AFP), educação e saúde pública digna, entre outras.

Definitivamente, a mobilização mostra a profunda intenção da população de acabar com o sistema neoliberal que chegou a reinar no Chile desde a ditadura e que os governos da ex-Concertación aprofundaram e defenderam.

 
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