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CORTES NA EDUCAÇÃO
Weintraub mente e anuncia descontingenciamento total da verba da educação
Redação
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O reacionário ministro da Educação, Abraham Weintraub, que desde que assumiu a pasta trava uma guerra contra o ensino público e os estudantes, mentiu ao anunciar o descontingenciamento integral da verba que em abril foi cortada do orçamento da educação.

"Todas as universidades e institutos federais estão tendo o custeio integralmente liberado", afirmou o ministro da Educação Abraham Weintraub. "É um descontingenciamento na despesa de custeio das universidades e institutos federais, estamos descontingenciando o restante que ainda estava bloqueado. Estávamos em torno de 85% já descontingenciado e, agora, chegamos a 100%".

O anúncio da liberação de R$ 1,1 bilhão para universidades e institutos federais, não tem a mesma origem dos recursos antes bloqueados. Não houve nenhum descontingenciamento novo no orçamento do MEC pelo governo, a pasta ainda tem R$ 2,9 bilhões congelados.

Desde que havia imposto os cortes, o governo apresentava como condição ao descontingenciamento a aprovação da reforma da previdência. Aprovada nos dois turnos pela Câmara e em tramitação no Senado, a reforma da previdência já parece ter como certa sua aprovação. Somado a esse ataque, o governo também conseguiu encaminhar uma multibilionária entrega de recursos, através do megaleilão do pré-sal agendado para novembro em que o governo estima arrecadar mais de R$ 100 bilhões. Mesmo parte desses recurso já estar comprometida com governadores e prefeitos em troca do apoio de suas bancada para aprovação da reforma no Congresso, ainda assim sobrou recursos para União para que o governo anunciasse nesta semana a liberação de R$ 7 bilhões para os ministérios.

Se apoiando na aprovação dos ataques anteriores e contando com ataques vindouros, o governo agora oferece um alento para as universidades que se encontravam em situação devastadora correndo risco de terem de parar, sem o dinheiro sequer para o pagamento de contas de luz e água, ou funcionários terceirizados. A situação de catástrofe nas federais provocou o levante em muitas das universidades, tendo na UFSC, cuja greve perdurou por mais de 37 dias e foi encerrada ontem, sua principal expressão.

O novo aporte de recursos por parte do governo Bolsonaro é uma forma de Weintraub buscar angariar o apoio das burocracias universitárias que também aderiram ao movimento de resistência a investida generalizada do ministro sob o ensino superior gratuito, através da tentativa de imposição do programa Future-se. Não à toa, também hoje, Weintraub anunciou alterações no Future-se que terá nova consulta pública até o dia 28.

As alterações do programa buscam dar uma cara mais democrática ao programa, de forma demagógica, o novo texto reivindica a autonomia universitária das instituições. O que, junto a liberação das verbas, deve bastar para angariar o apoio de setores da burocracia universitária. Entretanto, o caráter central do ataque permanece: fazer penetrar o capital financeiro nas instituições e submetê-las a uma lógica de gestão privatizante.

O passo atrás de Weintraub e Bolsonaro é uma forma de neutralizar parte da resistência contra a imposição de seu programa reacionário para as universidades. A juventude que é linha de frente da resistência ao governo Bolsonaro não pode se iludir. Enquanto libera esse novo recurso, o governo segue e seguirá aprofundando reformas contra a população trabalhadora, como são as já anunciadas reformas administrativa e reforma tributária. Segue em avanço o projeto de ataques e precarização ao futuro dessa juventude, somente a união da juventude e da classe trabalhadora pode barrar em definitivo o avanço da crise que os capitalistas buscam descarregar sob nossas costas.

 
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