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CRISE DO PSL
Na briga pela liderança do PSL na Câmara, vale até assinatura falsificada
Redação

Numa mostra de que a extrema-direita se utiliza dos métodos da velha política, as listas apresentadas para escolher quem será o líder do partido na câmara contam com mais assinaturas do que o número de deputados do PSL.

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Numa mostra de que a extrema-direita se utiliza dos métodos da velha política, as listas apresentadas para escolher quem será o líder do partido na câmara contam com mais assinaturas do que o número de deputados do PSL. A ala ligada ao clã Bolsonaro e a ala ligada a Luciano Bivar se enfrentam pela liderança do PSL, o que está em jogo é o controle sobre os 110 milhões do fundo eleitoral para as eleições do ano que vem.

Em meio à crise interna que se desenvolve no PSL, uma ala dos deputados do partido favoráveis ao clã Bolsonaro apresentaram uma lista com o nome de 27 dos 53 deputados do PSL, sendo assim uma maioria favorável à substituição do atual líder do partido na câmara, Delegado Waldir (GO), por Eduardo Bolsonaro. Entretanto, minutos após isso, aliados de Bivar apresentaram uma lista com 32 nomes contrários à substituição.

Desde então há uma indefinição sobre quem será o líder do partido daqui em diante, pois as assinaturas das duas listas excedem em 6 nomes o número de 53 deputados do PSL. As duas alas afirmam que a sua respectiva lista é a que vale. A hipótese mais cogitada é de que alguma das alas (ou ambas) falsificou assinaturas para sua lista.

Apesar da retórica de “nova política” de Bolsonaro e seu partido PSL, esses setores seguem se utilizando dos velhos métodos sujos que criticavam em seus discursos demagógicos. E no caso por um propósito nada excepcional às disputas dos políticos tradicionais: as eleições municipais de 2020 se aproximam e os dois bandos querem afirmar seu controle sobre o partido para dispor dos R$110 milhões que o PSL receberá.

Como já desenvolvemos neste artigo -, esse enfrentamento é parte de uma disputa mais profunda no seio da extrema-direita, que envolve grandes atores políticos nacionais e estrangeiros. Ambas as alas buscam fortalecer seus nomes para as eleições do ano que vem.

É preciso acompanhar o desenvolvimento dessa crise, que não será estancada com um simples "compromisso" hipotético de Bivar e Bolsonaro, pois há disputas mais profundas que orientam seus interesses imediatos.

Com a crise capitalista que atravessa o país e que não deixa expectativas da retomada do crescimento econômico mais concreto, as condições de continuidade de uma crise que também é política e social seguem bastante vivas.

 
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