Dados divulgados essa semana pelo CAGED confirmam menos 1.955 postos de trabalho na região. O levantamento é resultado da diferença entre admissões(22.451) e demissões(24.406) no mês de agosto. Esse resultado apresenta uma redução no ritmo de demissões se comparado ao mês anterior(julho) onde o fechamento de postos de trabalho chegou a 4.027. Mas se analisamos o acumulado do ano inteiro, de janeiro a agosto, o numero de demissões supera em mais de dez vezes as demissões registradas no mesmo período do ano anterior. São 24.132 postos de trabalho fechados de Janeiro a Agosto deste ano, enquanto que em 2014 no mesmo período foram fechados 2.336 postos.

Só a indústria é responsável por 61% dos postos fechados no ano de 2015 (14.900 empregos a menos) seguido pelo comercio, com 2771 vagas a menos; construção fechou 690 e serviços reduziram em 5.086 postos no ano.

Redução de empregos x Redução de lucros

Aos empresários e economistas não faltam dados para provar a queda nas vendas, baixa na produção e estancamento do mercado. As instituições patronais jorram dados negativos em busca de isenções de impostos, desonerações em folha de pagamento e incentivos do governo. Mas nada dizem sobre os lucros das empresas ao longo dos anos de bonança, nenhum dado é divulgado sobre essa questão. É obvio o motivo.

Aos trabalhadores cabe fazer esse questionamento, e não aceitar nenhuma demissão. As empresas demitem para manter seu nível de lucratividade/competitividade pois sabem que podem contratar a qualquer hora quando precisarem de mão de obra novamente.

Os trabalhadores devem dizer basta a cada demissão que a patronal quiser impor, questionar os lucros da empresa e exigir que seja aberto os livros de contabilidade dessas empresas.