Enquanto em 15 Estados como Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Espirito Santo, Mato Grosso, Minas Gerais,Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins, houve uma redução deste percentual, o Rio de Janeiro e o Pará são os responsáveis por este aumento geral, sendo que no Pará passou de 206 em 2018 para 322 de mortos por policiais em 2019 ( representando 56% de aumento), enquanto no Rio foram mais de 800 mortes, que significam um aumento de 15%.
Das 27 unidades da federação, 15 tiveram uma queda nas mortes cometidas pela polícia, 10 registraram uma alta e um se manteve no mesmo patamar. Goiás foi o único que se recusou a repassar os dados.
Aumento da repressão é necessário para descarregar a crise nas costas dos trabalhadores
Se durante as eleições de 2018 já foi possível identificar um aumento da violência especialmente contra os LGBTs, os negros e as mulheres, os dados oferecidos pelo G1 reforçam que além de grupos de extrema direita, há um aumento da violência estatal, dos agentes da repressão que estão a serviço da classe capitalistas e dos seus lucros.
Quando Witzel diz que "Rio é a segunda cidade mais segura do Brasil", não diz isso para os negros, mesmo as crianças como Ágatha que é parte desse triste levantamento. São centenas de jovens assassinados pela policia que tem suas vistas arrancadas só pelo simples fato da sua cor de pele.
Cada vez mais o Estado burguês, com a extrema direita à frente, fica evidente como um balcão de negócios para gerir os interesses dos empresários e dos banqueiros. Um Estado completamente disciplinado à atender os interesses do capital estrangeiro, cada vez mais servil e mais submisso. Não atoa, Bolsonaro é o filho ilegítimo do golpe institucional, e poupou os policiais da nefasta Reforma da Previdência.
Para enfrentar a violência estatal, que centraliza todos os poderes consigo, e que representa a forma física da proteção da propriedade privada, e portanto, da reprodução da sociedade divida em classes e baseada na desigualdade social, é fundamental compreender que estes agentes são inimigos de classe dos trabalhadores e de todos que buscam se livrar das correntes que nos prendem.
Portanto, somente os trabalhadores junto com os estudantes, o movimento de mulheres, de negros e negras e LGBT auto-organizado, produzindo sua própria história com sua auto-atividade é capaz de oferecer uma resistência a altura do poder concentrado deste Estado.
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