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DEMISSÃO, FECHAMENTO DE ESCOLA
Reorganização da escola pública estadual, um profundo ataque a educação
Danilo Paris
Editor de política nacional e professor de Sociologia
Márcio Barbio

Alckmin e Herman prepara o maior ataque aos professores e a educação publica desde 1995.

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Como já anunciamos em outro artigo, a dupla Alckmin e Herman prepara o maior ataque aos professores e a educação publica do estado de São Paulo desde 1995. A famigerada “reorganização” de Rose Neubauer, então secretária da educação, fechou mais de 8 mil salas de aulas. Agora, quais são os objetivos do governo?

Essa “reorganização” com uma máscara pedagógica, na qual separa ciclos por escola, nada mais é que uma forma de cortes estruturais no orçamento da já precária escola pública paulista. No começo do ano Herman tentou cortar gastos através da super lotação e fechamento de salas. Agora aprofunda esse curso, para que através do remanejamento de 1 milhão de alunos possa concentrar a demanda em algumas escolas e fechar outras. Esse processo implicará na demissão de milhares de professores, em particular os professores temporários, mas também demitirá os trabalhadores terceirizados, responsáveis principalmente pela merenda e limpeza. Além disso, diminuir gastos para manutenção dos prédios, aquisição de equipamentos e móveis, contas de luz, e etc, de inúmeras escolas que fecharão. O objetivo é fazer um corte orçamentário profundo e permanente, que modifique toda a estrutura da rede estadual.

Junto a isso o governo do estado de São Paulo, vem fazendo avançar as propostas de reforma do ensino médio. O Plano Estadual de Educação, que prevê entre outras coisas a diminuição de disciplinas obrigatórias e o oferecimento de matérias "optativas", com possibilidade de contratação de profissionais e/ou ONGS para dar essas disciplinas, é parte complementar desse ataque.

Alckmin e Herman aproveitam-se da derrota da greve de 92 dias ( que houve corte de salários e agora os professores estão atolados de tantas aulas para repor) para efetivar o ataque, esperando encontrar pouca resistência entre o professorado. Diferentemente do que declara a direção majoritária da APEOESP, composta por PT e PCdoB, a greve dos professores não foi uma vitória, mas a expressão e prova de uma direção sindical incapaz de obter qualquer conquistas para escola pública.

O governo só pode realizar um tamanho ataque contra a educação e os professores por que existe um grande acordo nacional envolvendo a burguesia brasileira e todos os partidos políticos do regime, incluindo o PT e o PSDB, de que é necessário fazer a classe trabalhadora pagar o preço da crise. Lembremos que na Pátria Educadora de Dilma foi onde se cortou bilhões da educação, congelou a contratação e o reajuste dos servidores nacionais, entre outros importantes ataques.

Bebel, presidente da APEOESP, e o conjunto da diretoria do PT e PCdoB não podem oferecer uma resposta para essa situação. Se os professores derrotam Alckmin, o conjunto dos trabalhadores da educação por todo o Brasil se sentiriam mais fortalecidos para enfrentar os ataques de Dilma. Somente com independência dos governos, em forte aliança dos professores com os trabalhadores não docentes (limpeza, merenda, agentes escolares), pais e alunos é que se pode criar as condições para a educação pública começar a virar o jogo.

 
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