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ROCK IN RIO
Por Marielle e Ágatha Félix, segunda parte do Rock in Rio começa quente
Redação

Francisco El Hombre e o grupo colombiano Monsieur Periné, abrem o palco Sunset nesta quinta feira em tom de protesto contra o governo Bolsonaro, contra a destruição do meio ambiente e o assassinato de Marielle que segue impune.

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Foto: UOL

Em pouco tempo a multidão que chegava para lotar a arena do Rock in Rio se envolve efusivamente com a apresentação conjunta das bandas Francisco El Hombre e Monsieur Periné que se apresentaram conjuntamente. O fato é que a ferida do golpe institucional, do assassinato de Marielle, da morte de Agatha e a escandalosa devastação da Amazônia não poderiam passar em branco no país de Bolsonaro.

A apresentação começou com a execução ode músicas da banda colombiana tocadas em conjuntos pelos dois grupos onde a vocalista Catalina Garcia entoou falas de protesto em defesa do meio ambiente “...não existe nenhum governo mais importante que a vida. Pela nossa terra, pela nossa floresta, pelos nossos rios”.

Francisco El Hombre abre seu repertório com a música “triste, Louca e Má” sob um telão onde figuravam imagens de mulheres entre elas Marielle Franco assassinada por milicianos, Agatha Felix morta pela polícia carioca, a ativista Greta Thunberg, passando por Dilma Roussef e a jogadora de futebol Martha, numa miscelânea um tanto eclética sob o qual discursou em defesa as mulheres a vocalista Juliana Strassacapa depois de chamar as mulheres do público a tomar a primeira fila na pista.

Sob a frase que figurava no telão "mentira acima de tudo, censura acima de todos", em referência irônica ao slogan do governo Bolsonaro, a banda chamava o público em coro a gritar "Pulando, pulando, quem não pula é miliciano" que respondeu com gritos contra o presidente brasileiro.

A banda ainda discursou em defesa das populações indígenas e ilustrada por imagens no telão de lideranças indígenas chamou o público urbano a se irmanar com os povos da floresta vítimas da sanha capitalista que encobre o genocídio das populações originárias e a ocupação e devastação de terras indígenas.

Preenchido de protestos a favor da educação o grupo Francisco el Hombre vestia as cores tradicionais do uniforme verde amarelo da seleção brasileira com os dizeres “Educar e resistir” nas costas num claro intuito de ressignificar as cores da bandeira brasileira sequestradas pelos “coxinhas” e diversos matizes de reacionários no país.

A apresentação incendiária foi uma clara posição política com um inimigo claro: Bolsonaro e toda corja que estão por trás deste, com suas misoginia, racismo, homofobia e rapina capitalista. “É uma oportunidade de mostrar que tem muita gente pulando e que não está a favor de esconder quem matou Marielle, dessa junção do governo com a milícia”, “Muita gente falou para a gente maneirar no discurso. Mas agora que a gente chegou a esse lugar era a hora de falar” disse Mateo em entrevista à Folha depois da apresentação. Mostrando que os artistas em cujas veias corre sangue, num país e um mundo onde a extrema direita tem mostrado suas garras como resposta à crise capitalista, não podem ficar calados e tem que usar sua arte como uma barricada para protestar contra a opressão e a exploração.

 
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