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INDÚSTRIA
’Campeã nacional’ JBS enche o bolso com alta do dólar
José Carlos, trabalhador da indústria de alimentos

A JBS (dona da Friboi, Seara e outras), foi citada nas páginas de economia como empresa que teve trimestre “memorável”, favorecido em bilhões com a alta do dólar, ao mesmo tempo em que seus principais representantes, Joesley e Wesley Batista, podem ser convocados a depor na CPI do BNDES.

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A estratégia da empresa foi comprar bilhões de dólares na forma de contratos futuros. Na prática, significa que a JBS R$ 8 bi na especulação, bem mais que os R$ 5 bi vindo da produção de carne e derivados. Como se não bastasse ser conhecida por desrespeitar os direitos dos trabalhadores, ser recordista de acidentes de trabalho e também de doação nas campanhas presidenciais dos principais candidatos (Dilma e Aécio), agora a JBS acumula mais essa, vira parasita no esquema especulativo.

De Eike a Odebrecht, a corrupção fez curva na JBS?

Os nomes dos irmãos Batista foram os únicos requerimentos rejeitados, numa lista de 23, para convocação pela CPI do BNDES. Dos 27 deputados membros dessa CPI, 20 receberam doações da JBS nas últimas eleições, inclusive o presidente e o relator. A CPI do BNDES foi criada para investigar o período de 2003 a 2015, em que o BNDES fez grandes empréstimos, sendo mais de R$ 8 bi à JBS, que por sua vez teve um enorme crescimento nesse período, chegando a 397,2% em 2014. Como já falamos aqui, a ausência de Lulinha não tira a JBS dos esquemas de corrupção, como a Lava Jato.

Se os irmãos Batista terminarão falindo como Eike Batista, ou presos como Marcelo Odebrecht, ou até numa boa, como tantos outros, não sabemos ainda, mas a empresa está tão envolvida com o poder público, sendo o BNDES e a Caixa Econômica Federal, juntos, donos de 33,36% das ações, que necessariamente terá sua dinâmica ainda mais abalada pelas crises econômica e política que afetam o país. Um breve indício disso vemos com a já anunciada venda de ações da empresa pertencentes ao BNDES, com o objetivo de encorpar a capacidade de desembolso do banco, mas que também pode ser uma antecipação a uma possível desvalorização como mostra o caso da Petrobrás.

Manifestação na Av. Paulista denuncia empresa

Organizações de trabalhadores e da esquerda, como a central sindical CSP-Conlutas, o grupo de mulheres Pão e Rosas e o site Esquerda Diário, estão convocando para a próxima terça-feira, 29, uma manifestação em frente a sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), às 17:30h. Segundo os convocantes, a manifestação denunciará as condições de trabalho na empresa, os elevados índices de acidentes e também questionar a demissão de Andreia Pires, ex-cipeira, com estabilidade, que foi demitida por justa causa após tomar a frente de um abaixo-assinado, com mais de 200 assinaturas, contra a cobrança das refeições, que a empresa acabara de anunciar.

 
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