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MEIO AMBIENTE
Governo Bolsonaro passa a mão na cabeça dos infratores de crimes ambientais
Redação

Dados mostram que o número de autuações por crimes ambientais, principalmente desmatamento, foi reduzido significativamente no governo Bolsonaro, enquanto a quantidade de queimadas na região amazônica aumentou drasticamente, para favorecer o agronegócio e a espoliação imperialista.

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Dados do Ibama e do INPE mostram uma situação alarmante para a Amazônia: os números, tanto de autuações por crimes ambientais, quanto de fiscalizações, foram reduzidos em 2019, enquanto a quantidade de queimadas subiu 203%, principalmente nos munícipios com maior número de áreas sob embargo ambiental. Isso mostra duas coisas: 1- o recado do Governo Bolsonaro foi muito claro: a liberdade a ao agronegócio que quer devastar a Amazônia e destruir os povos tradicionais para lucrar com a exportação de comodities; 2- a resposta destes setores foi ainda mais clara, ao concentrar a destruição justamente nas áreas que estavam mais ameaçadas.

Dentre estes dados, chama a atenção que quantidade de autuações de crimes contra a flora foi reduzida drasticamente (23%), ao mesmo tempo em que o número de áreas queimadas foi maior aonde havia cobertura florestal. Ou seja, há um desmatamento cada vez maior da Amazônia, enquanto o próprio crime de desmatamento é menos punido. E esta situação é mais grave justamente nos munícipios em que houve maior intervenção do Ibama: dentre os 10 munícipios com maior número de áreas embargadas (onde há proibição completa de uso), 9 estão entre os com maior número de queimadas.

Para além da conclusão de que com os mecanismos de controle do estado não é possível haver uma luta consequente contra a devastação ambiental inerente ao capitalismo, também é possível afirmar que para a burguesia nacional não há limites de até onde se pode chegar para lucrar com a espoliação dos recursos naturais, mesmo que para isto tenha que se devastar a floresta mais biodiversa do mundo, que funciona como regulador do clima em todo continente. Além disso, esta região é um repositório natural de uma infinidade de substâncias químicas de intenso potencial científico que sequer consegue ser mensurado pela ciência, apenas pelos povos que lá habitam a centenas de anos.

Leia também: O capitalismo destrói o planeta, destruamos o capitalismo

O governo Bolsonaro cinicamente se apresenta como “defensor da pátria”, acusando aqueles que defendem o bioma amazônico e os povos que lá vivem de atrasarem o desenvolvimento do país, mas na realidade serve aos interesses do imperialismo internacional, seja quando realiza um acordo comercial com a União Européia que fortalece o agronegócio e as grandes traders europeias que negociam a venda soja brasileiras, seja quando obedece a cartilha trumpista para o Brasil, realizando a reforma da previdência e a venda das estatais para sanar a voracidade do mercado financeiro.

 
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