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PRIVILÉGIOS DO JUDICIÁRIO
O procurador de Minas Gerais e seu salário “miserê” de 24 mil reais
Redação
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Na última segunda-feira, dia 11/09, foi divulgado um áudio, gravado numa reunião do Ministério Público de Minas Gerais para discutir sobre o orçamento de 2020, que repercutiu publicamente devido ao fato de que, em seu conteúdo, havia uma reclamação por parte do procurador Leonardo Azeredo dos Santos, ao questionar seu salário, considerado como um “miserê”, pelo procurador.

Além disso, o mesmo declarou no mesmo áudio que não estava acostumado “com tanta limitação”. Contudo, seu salário “líquido” é de R$ 24 mil reais, portanto acima do salário mensal da imensa maioria da população brasileira. Tais reclamações inaceitáveis, sobretudo num país em que há 13,1 milhões desempregados e e mais milhões com trabalhos cada vez mais precários, na medida e m que avançam os ataques do governo, como a Reforma da Previdência ou a Medida Provisória da Liberdade Econômica.

Essa desigualdade se acentua, com base na implementação de ataques que impõe uma verdadeira miséria na vida das pessoas e, obviamente, não são condições que as submete um suposto "baixo salário" de R$ 24 mil reais, muito pelo contrário. Diversas medidas, como a reforma trabalhista que flexibilizou e retirou diversos direitos trabalhistas para a população, assim como a PEC do teto dos gastos que congelou os investimentos para diferentes setores públicos essenciais para que as pessoas consigam ter condições dignas de sobrevivência, como saúde e educação, são parte desse quadro miserável em que vivemos e que demagogicamente prometia um futuro mais estável para economia brasileira. Não obstante, enquanto a crise é descarregada nas costas dos trabalhadores e da juventude com cada vez mais cortes na educação e intensificação dos ataques anteriores, a manutenção e o incremento dos privilégios dos empresários e banqueiros é latente em nosso país, que permanece pagando a fraudulenta dívida pública e perdoando cerca de R$ 500 bilhões em dívidas das maiores empresas do país ao INSS. Os próprios representantes do poder judiciário que sequer são eleitos também continuam agraciados com seus privilégios, basta lembrarmos que o auxílio-moradia dos juízes chegou a sugar quase 1 bilhão de reais dos fundos públicos em 2018.

Por isso, nós da redação do Esquerda Diário rechaçamos essas declarações e impulsionamos campanhas contra esses privilégios por parte do judiciário e da casta política que assola o país, defendendo que todo juiz e político deveria receber o salário de uma professora, de acordo com o salário mínimo indicado pelo DIEESE, que os crimes cometidos deveriam ser julgados por júri popular e que sejam eleitos e com mandatos revogáveis.

 
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