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PARALISAÇÃO DOS RODOVIÁRIOS DE SP
SP: TRT favorece patronal e ameaça multa de R$100 mil por dia por paralisação de transportes
Redação

Os rodoviários desde ontem vêm mostrando seu descontentamento com o projeto que a patronal e o governo estão impondo aos trabalhadores com redução de frotas e demissões. Decidiram, em assembleia, paralisar as atividades nessa sexta, 6. O TRT (Tribunal Regional do Trabalho), no entanto, de forma autoritária e favorecendo a patronal, determinou que se mantenha o funcionamento de no mínimo 70% da frota nos horários de pico (das 6h às 9h e das 16h às 19h) e de 50% nos demais horários, sob pena de multa de R$ 100 mil por dia em caso de descumprimento.

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Ao todo, foram paralisados 23 terminais de ônibus na última quinta-feira. Duas estações de metrô também foram fechadas em virtude da mobilização dos rodoviários. Segundo informações dos agentes de trânsito, a paralisação, em poucas horas, afetou significativamente a circulação na cidade. Devido à determinação do TRT, à qual o sindicato se subordinou, a paralisação nessa sexta refluiu de forma significativa.

Ontem, ao longo do dia, tanto a mídia burguesa quanto o prefeito Bruno Covas (PSDB), buscaram colocar a população contra os rodoviários. A intenção foi deslegitimar a mobilização a fim de garantir os avanços dos ataques da patronal e os interesses do governo. Bruno Covas chegou a afirmar que não cabe a prefeitura a resposta às condições precárias de trabalho dos rodoviários. E, que a função de cobrador deve ser extinta diante da “modernização” dos ônibus. Logo, que os cobradores devem “arrumar” outro trabalho. Afirmação escandalosa, principalmente, diante de um cenário de aprofundamento da crise econômica que arrasta consigo mais de 13 milhões de desempregados no país.

Contudo, é de amplo conhecimento da população de São Paulo a precariedade do transporte público. Ônibus lotados e aumentos extraordinários seguidos das tarifas é parte da realidade cotidiana dos trabalhadores. O único objetivo da mídia burguesa e do governo local é atacar os trabalhadores e suas manifestações legítimas para ganhar correlação de força e atacar as demais greves operárias, assim como fez o TRT de forma absurda, chantageando os trabalhadores que querem se mobilizar, o que teve impacto na paralisação prevista para essa sexta-feira, que já amanheceu com 70% das frotas funcionando.

Diante do impasse e da ausência de respostas por parte da patronal, os rodoviários decidiram em assembleia paralisar as atividades para o dia de hoje. A cidade amanheceu com circulação parcial de ônibus. Há protestos em frente à sede da Prefeitura. Ônibus vazios estão obstruindo vias da cidade, tais como, o Viaduto do Chá. Segundo a CET, até as 8 horas 18 linhas da empresa Sambaíba não estavam em circulação.

O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou que se mantenha o funcionamento de no mínimo 70% da frota nos horários de pico (das 6h às 9h e das 16h às 19h) e de 50% nos demais horários, sob pena de multa de R$ 100 mil por dia em caso de descumprimento.

Vale destacar que apesar dos absolutos limites da direção do sindicato dos rodoviários, que já mostrou sua política traidora em distintos momentos da história, tais como, na Greve Geral de 14 de junho, quando retirou a participação da categoria pouco tempo antes de iniciar a greve geral, os rodoviários tem disposição de luta. Frente ao projeto que Bolsonaro e Bruno Covas estão colocando para os trabalhadores, a posição do TRT é verdadeiramente absurda, porque acaba coagindo os trabalhadores de exercer seu direito básico de greve.

Nós do Esquerda Diário, declaramos nosso apoio aos rodoviários que se colocaram desde ontem nas ruas paralisando o transporte público pela garantia efetiva de seus direitos e contra o avanço da patronal que sucateia os transportes a fim de não somente manter, mas principalmente potencializar sua sede insaciável por lucro. Somente com a estatização do transporte sob controle dos trabalhadores e usuários será possível um transporte público de qualidade a serviço da classe trabalhadora e juventude.

 
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