www.esquerdadiario.com.br / Veja online / Newsletter
Esquerda Diário
Esquerda Diário
http://issuu.com/vanessa.vlmre/docs/edimpresso_4a500e2d212a56
Twitter Faceboock
TRABALHADORES DO UBER SE ORGANIZAM NO CHILE
Trabalhadores do Uber buscam organizar seu primeiro sindicato no Chile
Antonio Paez, Dirigente do Sindicato Starbucks Coffe Chile
Ver online

No início dessa semana, um grupo de 50 motoristas do aplicativo Uber foram no orgão responsável pela inspeção do trabalho de Viña del Mar para formar o primeiro sindicato do polêmico app. Atualmente os trabalhadores não são reconhecidos pela empresa como trabalhadores, assim, seria interesse do sindicato obrigar a Uber a reconhecer a relação de trabalho.

A criação deste sindicato representa um acontecimento inédito no país, uma vez que até hoje as autoridades do governo deixaram claro, em diversas instancias, que o modelo vigente de relações trabalhistas da Uber, por exemplo, é o que aspiram para o futuro. Um modelo onde a empresa não se responsabiliza pelas condições precárias e exploratórias de seus trabalhadores.

Lembremos que o modelo da uber, assim como de outros aplicativos, se baseia na ideia de que o trabalhador não presta serviços para a empresa, mas que esta seria apenas uma especie de "facilitadora" entre os usuários. Desta maneira, quem trabalha na Uber seria considerado um trabalhador independente. Isso enquanto a empresa pode aplicar medidas disciplinares, inclusive descontos na remuneração, além de modificar constantemente as condições de trabalho.

Segundo a radio da Universidade do Chile, o objetivo deste sindicato seria começar exigindo que reconheçam o vínculo trabalhista e que já estão desenvolvendo uma estrategia para conseguir.

Um primeiro passo pra milhares que vivem na informalidade

Longe do que mostram os comerciais na televisão, a realidade de quem trabalha para estes aplicativos se assemelha mais a um trabalho precário, se aproximando mais da escravidão do que da suposta liberdade que eles pregam.

O modelo trabalhista de plataformas como a Uber, Ubereats, Rappi, entre outros, está obrigando milhares (se não milhões) de jóvens trabalhadores a se questionarem se realmente este modelo beneficia a eles ou às empresas a quem devem pagar comissões arbitrárias, sem ter nenhum direito nem poder exigi-los.

Em países como a Espanha, a Argentina e inclusive os Estados Unidos, milhares de trabalhadores destas plataformas estão se organizando para exigir seus direitos trabalhistas, como segurança e proteção contra acidentes, entre outras demandas.

Com a criação deste primeiro sindicato, o Chile se sintoniza nesta tendencia mundial. A partir daí faltará organizar o resto para dar um basta nessa extrema precaridade do trabalho a qual essas empresas condenam quem trabalha a elas.

 
Izquierda Diario
Redes sociais
/ esquerdadiario
@EsquerdaDiario
[email protected]
www.esquerdadiario.com.br / Avisos e notícias em seu e-mail clique aqui