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GOVERNO BOLSONARO
Bolsonaro faz demagogia e convoca à usarem "verde e amarelo" em defesa da Amazônia
Redação

Bolsonaro convocou a população a ir às ruas no dia da Independência, em 7 de setembro, vestidas com as cores da bandeira do Brasil para defender a Amazônia e dizer que ela é do Brasil. Um discurso demagógico de um presidente totalmente submisso ao imperialismo norte-americano.

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Num discurso para líderes evangélicos e empresariais num evento chamado “Semana do Brasil”, Bolsonaro convocou a população a ir às ruas no dia da Independência, em 7 de setembro, vestidas com as cores da bandeira do Brasil para defender a Amazônia. Ele até ironizou a própria fala: “Lembro que lá atrás um presidente falou isso e se deu mal”, se referindo ao ex-presidente Collor quando este fracassou no seu pedido para que a população vestisse verde e amarelo para defender seu governo e como resposta sofreu o protesto de um massivo movimento exigindo seu impeachment e vestindo por sua vez a cor preta.

Essa bravata seria “para mostrar ao mundo que aqui é o Brasil. Que a Amazônia é nossa”. E ainda, num sobressalto autoritário, citou o período obscuro do regime militar (1964-1985) como um modelo de defesa da soberania nacional contra a especulação estrangeira dos recursos do nosso território. “Pode ter sido difícil em algumas coisas, mas foi dez na economia, família, amor ao próximo e à pátria”.

Um discurso inteiramente demagógico e mentiroso. Bolsonaro é um capacho dos imperialismos, sobretudo o norte-americano, se alinhando de forma servil aos interesses do trumpismo. É um entreguista da pior qualidade, sem escrúpulos em trair os interesses verdadeiramente nacionais da população brasileira.

Bolsonaro está potencializando o processo de privatização das subsidiárias e das refinarias da Petrobrás, um patrimônio público conquistado com luta pelo movimento operário, e está entregando o nosso território para os norte-americanos testarem suas tecnologias e impedindo em contrato que o Brasil desenvolva a própria ou a compartilhe com os EUA, revelando uma submissão sem precedentes, sem falar sobre o cinismo “anti-imperialista” de Bolsonaro, quando se referiu ao presidente francês Emmanuel Macron como um “colonialista” quando este especulou internacionalizar a Amazônia, mas que em referência aos EUA de Trump a região está com as portas abertas para a exploração de empresas de extração de minérios e extremamente predatórias.

A luta pela Amazônia é a mesma contra a exploração capitalista e predatória de seus recursos, que destroem a natureza e a organização social de povos originários e de comunidades ribeirinhas na região. Ela não passa pela defesa do cinismo imperialista europeu e nem pelas bravatas de Bolsonaro, mas através de uma luta pela reforma agrária radical para desmantelar o latifúndio no país, pela expropriação estatal da Vale, como compensação mínima pelo que crime que cometeu e colocá-la sob o controle dos trabalhadores e da população. Assim como as grandes empresas do agronegócio que também cometem seus crimes contra a natureza, garantindo, sobretudo, a autonomia dos povos originários e quilombolas, para que uma nova lógica de desenvolvimento econômico e humano, orgânico à natureza e de caráter anticapitalista, seja construída, sem prejudicar a nossa biodiversidade e protegê-la dos interesses cínicos do imperialismo.

 
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