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UFFS
Contra a nomeação do interventor de Bolsonaro,estudantes ocupam reitoria da UFFS
Redação

Os estudantes seguem ocupando desde a última sexta-feira (31), após nomeação de reitor que saiu em terceiro colocado na lista tríplice

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Após o escandaloso anúncio da nomeação do professor Marcelo Recktenvald, professor veiculador de postagens negacionistas do aquecimento global, postagens de Olavo de carvalho, autointitulado pastor cristão conservador e anti esquerda, para a reitoria da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), que nem mesmo teria se classificado para segundo turno, saiu em terceiro na lista tríplice e foi nomeado por Bolsonaro por alinhamento ideológico, estudantes ocuparam a reitoria da universidade em erechim em reação ao atropelo da autonomia universitária por parte de Bolsonaro que de forma autoritária intervenho no resultado das eleições da universidade.

As intervenções efetuadas pelo presidente tem como objetivo a escolha de candidatos mais subordinados à sua agenda obscurantista para a educação superior, e a adesão Future-se. O maior absurdo foi nomear uma reitora que nem mesmo havia participado do processo eleitoral (no caso da UFGD). E na UniRio em que o reitor foi empossado sem passar por qualquer tipo de consulta.

Os estudantes questionam a legalidade da nomeação referida pelo próprio novo reitor Recktenvald, que cita que, apesar de ter tido a minoria dos votos, a constatação em lista tríplice lhe dá o direito de ser nomeado, mas o governo não deu explicações do porquê desqualificar o primeiro e o segundo colocado, ordem que deveria ser seguida em caso de não possibilidade do primeiro colocado assumir.

A ocupação chamou assembléia geral para debater a situação com a comunidade e divulgou uma nota dos estudantes:

“ Nós, estudantes da Universidade Federal da Fronteira Sul, campus Chapecó, viemos por meio desta nota dialogar com a comunidade:

Estamos em mais de 200 estudantes em estado de ocupação pacífica na Reitoria da UFFS.

Passamos por um processo de consulta prévia para eleger os novos gestores da UFFS, sendo nomeado Interventor, Marcelo Reckntenvald, que logrou a minoria dos votos e restando com a 3ª colocação, sendo que no Conselho Universitário, que define a lista tríplice, este obteve apenas 04 votos.

Há décadas, desde governos anteriores, a escolha do primeiro colocado na Consulta Pública é respeitada. Neste ano, na contramão dos princípios democráticos e da autonomia universitária, restou nomeado um Interventor. Indagamos: como o Marcelo fará a gestão se a ampla maioria não optou por suas propostas? Isto é democrático em pleno ano de 2019?

Estamos amparados constitucionalmente por princípios democráticos e ousamos questionar a legalidade citada pelo Interventor em entrevista. Debater o direito cegamente é acatar as desigualdades, pois o direito deu base a atrocidades sócio históricas. A opinião da maioria deve ser respeitada!

Somente desocuparemos quando nossas pautas forem atendidas. Lutaremos sempre, não apenas pela nossa, mas também por todas as Universidades federais brasileiras, para todos os jovens possam ter um ensino superior gratuito e de qualidade.

Por fim, convidamos a todos para que hoje, dia 03 de setembro, às 19h, venham até a Reitoria da UFFS, antigo Bom Pastor, dialogar conosco sobre Democracia e Autonomia Universitária, pois esta Universidade é de todos!

Ocupantes da Reitoria UFFS.

Chapecó 3 de setembro de 2019”

Nós do Esquerda Diário e da Juventude Faísca expressamos toda a solidariedade e apoio à luta dos estudantes da UFFS. Defendemos as universidades e a ciência contra este projeto de precarização, de ataques aos trabalhadores e esse projeto de mais subordinação do Brasil ao imperialismo. As universidades são as que mais estão sofrendo com os cortes e isso atinge não só os estudantes, mas também os professores, a pesquisa, os trabalhadores efetivos e também os terceirizados, já muito precarizados, o que impacta na população de conjunto. Defendemos o fim dos cortes, do Future-se, dos ataques aos trabalhadores e da entrega dos nossos recursos à iniciativa privada e ao capital estrangeiro. Defendemos que a universidade esteja a serviço dos trabalhadores, dos estudantes e da população. Essa é a unidade que queremos.

Leia também: Contra os cortes e o Future-se de Bolsonaro: ampliar e coordenar a luta pela educação

 
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