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UNICAMP
Convênio com Unibanco análogo ao "Future-se" é barrado na Faculdade de Educação da Unicamp
Faísca Unicamp
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Em um cenário em que a crise capitalista no país vê a necessidade de construir uma base educacional privatizadora que respalde a aprovação da Reforma da Previdência, da MP881, a Congregação da Faculdade de Educação da Unicamp, com mais de 2/3 dos votos contra, barrou projeto análogo ao programa Future-se de Weintraub e Bolsonaro.

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Na última quarta (28), a Congregação da Faculdade de Educação da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) debateu e rejeitou uma proposta de convênio de cooperação entre a universidade e o Instituto Unibanco (IU) para o desenvolvimento de estudos no programa Jovem de Futuro.

O Instituto Unibanco é uma das instituições responsáveis pelo investimento social privado do Itaú Unibanco, é abertamente a intervenção privada do Itaú em projetos sociais. Lançado em 2007, o IU criou um programa para intervenção nas gestões de escolas públicas, o programa Jovem de Futuro.

Esse programa, que tem o intuito de preparar o jovem para o futuro ainda mais precarizado do trabalho, funciona em três passos, que totalizam 8 anos: implementação, consolidação e sustentação. A gestão prepara a formação dos estudantes em especialidades e competências requisitadas por empresas, como informática, técnica de vendas, técnicas de administração, conceitos de sustentabilidade, empreendedorismo, liderança e desenvolvimento pessoal. Ou seja, é a cara da Reforma do Ensino Médio, que se esconde atrás de uma máscara de que os jovens podem ter a liberdade de escolher sua área de atuação, sendo que está deixando a cargo das escolas públicas a formação da juventude com um futuro de trabalhos precários e uma taxa de quase 30% de desemprego, e do projeto ideológico do Future-se.

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Parte dos docentes colocaram argumentos favoráveis à proposta, como a necessidade de participação no projeto porque muitas escolas, em Campinas inclusive, já fazem parte dele, e até mesmo de que poderia ser uma alternativa de financiamento diante dos cortes de bolsas de pesquisa.

Já a batalha da maioria de docentes, trabalhadores e, especialmente, a unanimidade da bancada estudantil contra esse projeto privatista foi de que uma proposta dessa, na Faculdade de Educação, vinculada ao financiamento de pesquisa para políticas de bancos está respaldada pela política do governo Bolsonaro, um governo de ataques contra jovens e trabalhadores. A Faísca, como parte da bancada estudantil, interviu no sentido de que esse projeto não vem em qualquer momento do país, vem em um momento em que os ataques como a reforma da previdência, privatizações, como saída da crise, necessitam de uma base educacional de cortes na educação, um controle ideológico e aprofundamento de um projeto privatizador nas universidades para impor um futuro de miséria em que trabalharemos até morrer em empregos precários. O Future-se, por exemplo, vem neste sentido, para privatizar de vez as universidades, destinando o nosso conhecimento definitivamente aos interesses de grandes empresários.

Úrsula Noronha, representante discente da Congregação da FE e militante da Faísca, declarou: "Esse projeto de país do golpismo quer que a classe trabalhadora, a juventude, as mulheres, o povo negro e LGBT paguem pela crise capitalista. Os estudantes e a juventude foram os primeiros a se erguer contra esse futuro de miséria que querem impor e, para barrar os ataques da educação, que se veem como indispensáveis para a aprovação dos ataques, e a absurda intervenção de Bolsonaro, Weintraub, bancos e empresários na autonomia universitária, a aliança com os trabalhadores é imprescindível. A universidade pública tem que estar a serviço dos interesses da classe trabalhadora e do povo pobre e a ciência produzida nela deve ser em combate ao projeto privatista de educação. O conhecimento produzido na Unicamp deve estar, por exemplo, a serviço da defesa da Amazônia, pensando planos de reflorestamento contra a sede de lucro do agronegócio e do imperialismo, pensando que educação contra o cerceamento ideológico da extrema direita iremos defender, e não submetendo o ensino ao que querem os grandes bancos mundiais, transformando os estudantes em máquinas preparadas para o trabalho que irão otimizar seu lucro."

 
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