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SEM-TERRA
300 famílias sem-terra são expulsas violentamente de acampamento no Rio Grande do Norte
Redação Esquerda Diário Nordeste

No acampamento Comuna Marisa Letícia, localizado na cidade de São Gonçalo do Amarante (RN), próximo à BR-406, a polícia militar do estado junto à guarda municipal e servidores da cidade chegaram ao local na madrugada do dia 6 de agosto e expulsaram todos os presentes.

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Foto: Aedson Epstein

Assim que chegaram, os agentes acordaram os moradores exigindo que saíssem em 1 hora, acusando-os de bandidagem e ameaçando passar o trator por suas casas com pessoas dentro. A policia ameaçou com arma de fogo os que tentavam resistir à violenta expulsão.

Os moradores estavam renegociando um acordo com o governo do estado, que os realocou na área após já terem sido removidas da área de Parque do Coqueiros em 2018. Porém o MP-RN entrou com uma ação no município de São Gonçalo do Amarante para impor a reintegração, alegando que os acampados estariam realizando construções irregulares, desmatando e realizando queimadas.

Sem sequer comprovar as alegações, surpreenderam os familiares e em 1 hora, passaram o trator sobre suas casas, com todos os pertences dentro, deixando famílias sem casa ou pertence. Segundo os sem-terra, uma assistente social ameaçou da Prefeitura ameaçou levar as crianças a força das mães acampadas.

“Lá ninguém tirou prato, não tirou panela. Não deu tempo de nada, já chegou quebrando tudo. Quem estava dormindo, os policiais pegavam pela abertura da barraca dizendo ‘se levante seu bandido, porque aqui não é lugar de vocês estarem’”, disse Francisco do Nascimento, de 73 anos, ao Brasil de Fato.

Uma enorme violência imposta pelo Ministério Público e pela prefeitura de São Gonçalo do Amarante! Deixaram sem chão onde pisar centenas de famílias sob acusação de bandidagem, um enorme crime e atentado contra mulheres, crianças, idosos e trabalhadores do campo. Também é responsável o governo do estado, dirigido por Fátima Bezerra, a quem atende a polícia militar que ameaçou a vida desses sem-terra.

Ao mesmo tempo em que sanciona uma lei que destina no mínimo 30% das Compras Governamentais para Agricultura Familiar, não dá as garantias que estes sem-terra possam produzir, sendo cúmplice dessa reintegração violenta.

 
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