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FUTURE-SE
Dezenas de universidades federais são contrárias ao "Future-se" de Wintraub e Bolsonaro
Redação

Com a desculpa de “aumentar a autonomia administrativa das universidades federais”, o projeto “Future-se”, de Bolsonaro e seu ministro Weintraub, prevê, na verdade, a destruição da educação superior pública e gratuita.

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Esse ataque propõe o aprofundamento da ingerência das empresas, como fonte de financiamento das quais devem depender crescentemente as pesquisas nas universidades, impõe uma seleção dos conteúdos produzidos, entregando a educação nas mãos do capital financeiro e, assim, direcionando o viés ideológico das universidades, históricos polos de reflexão política e humana e de resistência.

Apesar disso, 40 federais já se posicionaram oficialmente contra absurda medida privatista, como a UFRR (Universidade Federal de Roraima), UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e mais.

Não é possível, no entanto, embelezar as gestões e reitores destas universidades, pois estes seguem e aplicam, religiosamente, os ataques e medidas privatistas e autoritárias dos governos justamente nos mais pobres e os que mais precisam, principalmente os cotistas, e os trabalhadores terceirizados. Esse repúdio se dá através da organização da comunidade estudantil, estudantes, professores e trabalhadores que têm conhecimento da ainda mais precária e elitista situação que se dará. Além das possíveis demissões a fim de “enxugarem” custos e gastos e obterem um ainda maior lucro, como já vem sendo feito.

Além disso, desde o governo Temer, as bolsas de pesquisa e estudo vêm sofrendo cortes, e o cruel “Future-se” mostra ainda mais agressividade nesse quesito. Na prática, essa medida acaba por ser o fim da renda de muitos estudantes que sobrevivem com o montante de suas bolsas, como a CNPq e Capes. A pesquisa brasileira historicamente foi desvalorizada, tal medida do governo transforma num deserto a nossa capacidade de produção científica e pesquisas, que mesmo em condições ruins, destacam-se por seus resultados. E grande parte da produção de artigos científicos no Brasil (72%) são assinados por mulheres.

A UNE e a CUT precisa mobilizar, de fato, os estudantes e funcionários, parar de trair e abandonar as lutas em curso, criando grandes e massivos comitês de luta, construídos com toda a base estudantil nacional e colocar na rua os milhões de estudantes e trabalhadores afetados por essa medida, fazendo com que o PT seja, pelo menos, uma oposição de fato real e mais combativa.

É necessário estatizar todas as universidades privadas e acabar com o vestibular, filtro social que todos os anos impedem jovens de estudar com qualidade obrigando-os a enriquecer ainda mais os capitalistas do ensino privado de pouca qualidade ou a não se formar.

 
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