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CNPQ
Com cortes de Bolsonaro, bolsista da CNPq podem ficar sem pagamento em setembro
Redação

A CNPq informou nesta semana que novas bolsas serão suspensas no mês de setembro, agora junto a isso o Ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, afirmou que há grandes riscos de que os bolsistas da CNPq fiquem sem pagamento no próximo devido aos cortes de Bolsonaro à educação.

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Em uma coletiva de imprensa, o ministro Marcos Pontes afirmou que há possibilidade das bolsas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) fiquem sem o pagamento no mês de setembro. Ele afirma que a liberação de recursos está na “mão da Economia e também da Casa Civil”.

O valor liberado no início do ano para o pagamento das bolsas não são suficientes para o ano todo necessitando então um novo orçamento de R$330 milhões de reais. Se não ocorrer esse novo repasse, mais de 80 mil estudantes podem ficar sem receber pagamentos.

Orçamento este que o atual governo de Bolsonaro se nega a pagar, deixando assim evidente mais uma vez os ataques grotescos que o governo tem feito para retirar as condições de pesquisa de muitos estudantes que necessitam dessas bolsas para estudar.

Diante dessa medida, a CNPq informou que esse déficit para além de deixar os estudantes sem bolsa de estudos e pesquisa, elimina novas contratações, diminuindo assim a quantidade de pesquisas no país, pois pela decisão da CNPq nenhum novo contrato será assinado enquanto houver esse débito.

Enquanto o governo decide não pagar mais as bolsas a esses milhares de estudantes de baixa renda que precisam, gastou 3 bilhões, ou seja, praticamente dez vezes o valor necessário para que as bolsas se mantivessem, em compra de votos na câmara para que a reforma da previdência passasse, para que sejamos nós que paguemos pela crise, trabalhando até morrer.

O dia 13 de agosto revelou que ainda segue acesa a disposição de luta de milhares de estudantes e jovens trabalhadores de todo o país, com atos por todo país, ainda que cada vez mais restritos se comparados aos milhões do dia 15 de Maio. Enquanto os estudantes buscam desesperadamente espaços para debater o que está acontecendo e se organizar a direção das entidades estudantis, majoritariamente controladas pelas correntes do PT e PCdoB na UNE, tem atuado na contramão disso.
Junto à CUT e CTB chamam dias de luta que separam os trabalhadores e a juventude. Atuam como se a Reforma da Previdência e a nova reforma trabalhista estivessem separadas do Future-se e cortes na educação no projeto de governo de Bolsonaro.

É urgente a gente construir uma alternativa verdadeiramente antiburocrática, que aposte em fortalecer assembleias e reuniões em cada local de trabalho e estudo, pois essa é a única via de recuperar os rumos da nossa luta nas nossas mãos. Só assim podemos vislumbrar uma luta que não só resista aos ataques, mas possa apresentar uma saída anticapitalista para crise, começando por romper com o pagamento da dívida pública, que só serve, em benefício dos lucros imperialistas, sucateando a educação, a saúde.

Mas também uma saída que envolva quebrar os muros do vestibular, que impedem o acesso a juventude trabalhadora às universidades, a estatização das universidades privadas sob o controle dos estudantes, funcionários e da população. Só assim a ciência e a arte produzida dentro da universidade poderá vislumbrar a liberdade necessária, que deverá ser parte de criar um novo modelo de gestão das universidades e das agências de fomento, em que sejam os próprios estudantes, funcionários e a população possa geri-las.

 
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