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ECONOMIA
Dados do BC apontam economia paralisada, revelando mais uma fake news da reforma da Previdência
Letícia Parks

A propaganda pró reforma da Previdência afirma que será capaz de salvar a economia. Mais uma fake news, entre tantas outras. A reforma injusta e que aumenta privilégios também não é capaz de salvar o país da crise, cuja única saída deve passar por barrar todos os ataques e construir um projeto que faça com que os capitalistas paguem pela crise.

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A economia brasileira sofreu uma retração no primeiro trimestre de 2019, é o que aponta o relatório do Banco Central publicado nessa segunda-feira, 12/08. Esse seria o segundo trimestre seguido de retração e queda de índices econômicos, um dos motivos que levam a que a burguesia nacional e imperialista tenha gastado tanta energia em lançar ataques contra os trabalhadores e a juventude. Para eles é inadimissível que se pague pela crise com perda de lucros.

Entretanto, longe de resolver os problemas da economia nacional, é preciso ver que o Brasil não é uma ilha dentro da crise econômica mundial. A tendência à queda e recessão a nível internacional é prevista por muitos analistas burgueses, que assumem que para 2020 é possível que entremos em um novo ciclo de quedas generalizadas, tendo a crise atingido em grande medida seus limites de contenção.

Essa crise econômica ganhou inclusive contornos de crise orgânica. Em países centrais do capitalismo, os partidos tradicionais e seus políticos mais importantes entraram em questionamento pelas massas, que elegeram por um lado figuras de extrema direita e, por outro, sentem-se cada vez mais atraídas por saídas socialistas e comunistas para a realidade.

Cabe dizer, por fim, que esses índices comprovam uma das mais importantes fake news da reforma da Previdência. Governo, junto a seus publicitários e comunicadores, alimentaram na cabeça das massas a ideia de que para salvar a economia nacional bastava aprovar a reforma. Alertamos aqui e aqui que a Reforma na verdade apresentava mais tendência recessiva, e que a verdadeira manobra econômica por trás dela não é uma economia de recursos mas sim o alinhamento mais profundamente entreguista ao imperialismo norte-americano, vendendo o que há de mais caro num país que é a força de trabalho.

A jovem classe trabalhadora brasileira está sendo vendida à preço de banana. O imperialismo baba por uma classe operária ausente de direitos sociais e por investir num país que garante quase zero custo em medidas de assistência social e seguridade social. Junto à reforma da previdência, é preciso dizer que foi implementada ano passado uma medida também de fundamental importância para esse projeto de entrega que foi a reforma trabalhista, e pra esse ano se preparam ainda outros ataques, em especial um pacote de privatizações e o pacote anti-crime de Moro - profundamente racista e autoritário.

Nos rumos da política nacional, de avanço do autoritarismo judiciário e de profundos ataques contra a classe trabalhadora e nossos direitos sociais mínimos, em especial a educação como alvo, é preciso se referenciar nos mais importantes fenômenos internacionais de resistência e de organização independente da classe trabalhadora, como as prévias eleitorais na Argentina, que apresentaram Nicolás del Caño como nome proponente para concorrer à presidência argentina pela FIT-Unidad, em um programa de combate ao imperialismo, ao FMI, que no Brasil significaria lutar pelo não pagamento da dívida pública, pelo fim do vestibular nas universidades, pela contratação imediata de todos os desempregados com divisão das horas de trabalho por todos os trabalhadores disponíves, e com remuneração paritária de um salário mínimo com base no cálculo do DIESSE (R$4277).

 
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