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ELEIÇÕES ARGENTINA
Eleições prévias na Argentina: o que se vota nesse domingo?
Redação

Neste domingo se realizam em toda a Argentina as chamadas PASO (Primarias Abiertas, Simultaneas y Obligatorias), que são as eleições prévias para decidir quem serão os candidatos a disputar as eleições gerais em 27 de outubro deste ano.

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Neste domingo se realizam em toda a Argentina as chamadas PASO (Primarias Abiertas, Simultaneas y Obligatorias), que são as eleições prévias para decidir quem serão os candidatos a disputar as eleições gerais em 27 de outubro deste ano.

As eleições prévias (ou PASO) se realizam desde que se aprovou a Lei 26.571, conhecida como de "Reforma Política", sancionada a 2 de dezembro de 2009. Sob este sistema eleitoral se vota desde 2011.

Neste ano, a maioria dos distritos desdobraram suas eleições estaduais e elegeram governadores e legisladores estaduais em datas que não coincidiram com as nacionais. Entretanto, neste dia 11 de agosto os 24 distritos do país votarão nas PASO para presidente e deputados federais. Ademais, em oito jurisidições se elegerão senadores, já que, diferentemente da Câmara dos Deputados que se renova pela metade, o Senado se renova por por terços.

As províncias que elegem precandidatos a governador serão Buenos Aires, Catamarca, e na Cidade de Buenos Aires (Capital) haverá eleição prévia para governador. Em Santa Cruz, se elegerá a chapa para governador nas eleições gerais.

Cada província e a Capital Federal tem três representantes no Senado, dois pelo partido que ganhe a eleição e um pelo partido que ficar em segundo lugar. Nesta oportunidade renovarão senadores a Cidade de Buenos Aires, e as províncias de Chaco, Entre Ríos, Neuquén, Río Negro, Salta, Santiago del Estero, Tierra del Fuego.

Os deputados se elegem de forma proporcional através do sistema D’Hondt. Os 24 distritos renovarão representantes ante a Câmara dos Deputados, em função de sua quantidade de habitantes: Buenos Aires 35, Capital 12, Catamarca 2, Chaco 3, Chubut 3, Córdoba 9, Corrientes 4, Entre Ríos 4, Formosa 3, Jujuy 3, La Pampa 2, La Rioja 3, Mendoza 5, Misiones 4, Neuquén 2, Río Negro 3, Salta 4, San Juan 3, San Luis 2, Santa Cruz 2, Santa Fe 10, Santiago del Estero 4, Tierra del Fuego 3, Tucumán 5.

A quantidade de eleitores de todo a Argentina chega a 33.841.837, e disso, 50,9% são mulheres. 37% dos votantes pertencem à província de Buenos Aires, onde se encontra a porção mais numerosa de votantes, seguida por Córdoba, Santa Fe e a Capital Buenos Aires. Haverá 737 mil votantes novos, com respeito às eleições legislativas de 2017; 972 mil jovens de 16 a 18 anos estão habilitados para emitir seu voto. Haverá em todo o país 14 mil centros de votação.

A Frente de Esquerda e dos Trabalhadores-Unidade, encabeçada pelo PTS (organização irmã do MRT na Argentina) e composta pelo Partido Obrero e pela Izquierda Socialista, com a participação do Movimiento Socialista de Trabajadores (MST) na chapa de unidade, fez seu ato de encerramento de campanha na última quinta-feira.

Fechamento da campanha militante da FIT-Unidad

Com a participação de milhares de militantes e simpatizantes, a Frente de Esquerda e os Trabalhadores Unidade encerrou nesta quinta-feira sua campanha eleitoral em direção às PASO em frente ao Congresso Nacional.

Uma grande exibição artística na fachada do prédio legislativo surpreendeu a todos os presentes e as milhares de pessoas que circulavam na área, com projeções de larga escala que deram uma importante presença às propostas da esquerda e a seus candidatos.

No evento, falaram os candidatos a presidente e vice, Nicolás del Caño e Romina del Plá, além de Juan Carlos Giordano, "Cele" Fierro e María del Carmen Verdú. Estavam presentes também outros importantes dirigentes da esquerda como Myriam Bregman, Christian Castillo, Néstor Pitrola, Vilma Ripoll e Claudio Dellecarbonara, entre outros.

Nicolás del Caño, candidato a presidente, foi o encarregado de fechar o evento. “"Fizemos uma enorme campanha com a força e a vontade de milhares de militantes e apoiadores em todo o país", disse ele.

Del Caño referiu-se à campanha realizada pela FIT-U e disse que circulou o país com sua parceira de campanha, Romina del Pla. “Também Myriam Bregman, junto com os candidatos e a militância da cidade, assumiram os bairros de Buenos Aires; Christian Castillo e Néstor Pitrola percorreram a imensa província de Buenos Aires; fizemos uma campanha enorme com a força e a vontade de milhares de militantes e apoiadores em todo o país”.

O dirigente da esquerda agregou que “em todos os lugares que passamos descobrimos que há milhões que rejeitam esse governo, que muitos estão desiludidos e se sentem enganados pelo Cambiemos, por terem aprofundado os problemas estruturais sofridos pelas maiorias populares durante décadas”.

“Mas contemos a história completa”, disse Del Caño. “Macri não teria sido capaz de fazer nem mesmo uma de suas medidas de fome e entrega sem a colaboração aberta com um setor muito importante dos que hoje estão na Frente para Todos, desses governadores e legisladores peronistas que co-governaram com o Cambiemos, enquanto aplicavam ajustes em suas próprias províncias”, afirmou.

O candidato disse que “há centenas de milhares de pessoas que já estão decididas a votar na Frente de Esquerda Unidade, passando por cima desta falsa polarização que querem nos impor, entendem que a nossa frente é a única que levanta um programa realista para que a crise seja paga por quem a faz, porque sempre estamos e estaremos juntos dos trabalhadores e suas lutas”.

“E para aqueles que ainda não se decidiram, convocamos vocês para que, juntos neste domingo, demos uma forte mensagem aos poderosos: de que somos muitos os que não nos resignamos e queremos fortalecer a única força política que mantém que o FMI não deve nos governar”, disse Del Caño.

O jovem dirigente também disse que “nos dizem que têm que renegociar com o FMI e todos estão de acordo, até o próprio FMI, porque sabem que, caso contrário, não vão cobrar nem dele, nem dos outros especuladores. O que eles não dizem é que, para reestruturar a dívida e conseguir cobrá-la, o FMI exige aumentar a idade para se aposentar, além de uma reforma trabalhista. Nós temos um compromisso com os jovens que não querem ser material descartável desse sistema, com as mulheres que lutam por seus direitos, com os trabalhadores e aposentados. São neles e nelas que pensamos quando dizemos que temos que inverter as prioridades”, concluiu.

Junto com Del Caño, fora oradores no ato de encerramento a candidata a vice-presidência Romina del Pla, Juan Carlos Giordano, candidato a deputado da Província de Buenos Aires e Celeste Fierro e María del Carmen Verdú, candidatas a deputadas pela Cidade de Buenos Aires.

 
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