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CLÃ BOLSONARO
Mamata Bolsonaro nos últimos 28 anos: clã já nomeou 102 pessoas com laços familiares
Redação

Conheça mapeamento que escancara nomeações suspeitas a cargos públicos por parte da família Bolsonaro ao longo dos últimos 28 anos.

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Mapeamento feito pelo jornal O Globo, em base à Lei de Acesso à Informação, escancara uma longa e tradicional lista de indicações familiares a cargos públicos por parte da família Bolsonaro. Veja aqui o link que comprova muitas das informações contidas nesse texto. Muitas dessas indicações revelam altos indícios de que os parentes e pessoas próximas sequer trabalharam de fato nos cargos indicados, mas continuaram recebendo os generosos salários. A mamata, para Bolsonaro, nunca acabou.

Num total de 286 assessores nomeados por Jair Bolsonaro, Flávio, Carlos e Eduardo, 102 deles possuem algum tipo de parentesco, ou seja 35% do total. Desses 102 nomeados, 22 deles são integrantes da família Bolsonaro.

Casos grotescos, como o do ex-sogro de Bolsonaro, escancaram a hipocrisia do clã em criticar a “mamata” nos cargos públicos. João Garcia Braga, o “seu Jó”, pai da mãe dos três filhos mais velhos do presidente, constou como assessor pessoal de Jair entre fevereiro de 1991 e novembro do mesmo ano. Depois, entre 2003 e 2007, o “seu Jó” foi nomeado pelo neto Flávio na Alerj, com um salário bruto médio de generosos R$ 9,7 mil. Se fizermos as contas, o ex-sogro do presidente acumulou cerca de R$ 465.600 durante os quatro anos nomeados na assembleia legislativa do Rio de Janeiro. “Seu Jó” é químico aposentado, nunca teve crachá de identificação funcional da Alerj e desde o fim da década de 1960 mora em Resende, há quase 200 km de distância da capital fluminense. A reportagem chegou a ir até a casa do ex-sogro do presidente, que não quis comentar nada. Dois vizinhos do “seu Jó” disseram que nunca ouviram falar que o senhor trabalhou em algum momento para a Alerj.

A mamata os familiares das cônjuges de Jair não acaba por aqui. Em 1998 Bolsonaro, separado da filha de “seu Jó”, casa-se com Ana Cristina Valle, mãe de Renan Bolsonaro e logo indica os pais da nova esposa para se tornarem assessores na Câmara dos Deputados. Vários outros parentes de Ana Cristina se tornaram assessores tanto de Jair quanto nos gabinetes de Carlos e Flávio.

Anos depois, o MP-RJ abre investigação suspeitando a prática da “rachadinha” com os familiares do clã, prática onde se dividem os salários dos assessores, uma vez que nunca trabalharam de fato. No momento, dez parentes de Ana Cristina, junto do “seu Jó” tiveram os sigilos bancários e fiscais quebrados com autorização judicial. Entre esses funcionários, um caso chamou atenção: a “babá Andrea”.

Diva da Cruz Martins, uma dessas dez funcionárias de parentesco próximo, esteve lotada entre fevereiro de 2003 a agosto de 2005 no gabinete do 02, Carlos Bolsonaro. Sua filha Andrea esteve lotada no mesmo gabinete de 2005 até fevereiro deste ano, 2019. Entretanto, em 2013, quando Andrea deu entrada nos papéis de seu casamento em cartório em Nova Iguaçu, sua profissão constava como “babá”. O que uma babá estaria fazendo no gabinete do 02 durante todos esses anos? O salário médio bruto da babá foi de R$ 10,7 mil. Se contarmos todo o período de Andrea junto ao gabinete de Carlinhos, de 14 anos, estima-se um acúmulo de R$ 1.797.600. Haja fraldas para tanto dinheiro público.

A reportagem do Globo vai mais longe e detalha inúmeros outros casos suspeitos. Vários deles indicam gastos milionários com pessoas que não cumpriam a função indicada. Aparentemente, para o clã Bolsonaro, a mamata dos outros é refresco, mas quando o caso é pessoal as coisas são diferentes. Até hoje o Queiroz, que se não possui ligação familiar com Jair pelo menos já indicou vários de seus próprios familiares, ainda não foi encontrado desde que o escândalo envolvendo movimentações atípicas em sua conta foi revelado pelo Coaf.

Enquanto Bolsonaro avança em seu projeto de reforma da previdência para destruir o futuro de milhões de brasileiros sob o discurso de combate à corrupção e aos privilégios dos políticos, o passado do clã diz o contrário. Para Bolsonaro, seus filhos, o seequito ao redor, os familiares e todos os que se beneficiaram durante os 28 anos de vida pública, a mamata sempre existiu e ainda não acabou.

 
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