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IGREJAS EVANGÉLICAS
Pastores evangélicos negociam com Bolsonaro mais privilégios para suas rendas e Igrejas
Redação

Após terem sido peças fundamentais na eleição de Bolsonaro – ao fazerem dos cultos em suas Igrejas verdadeiros palanques militantes da campanha reacionária do atual presidente e ao propagarem as fake news mais machistas e homofóbicas em favor do então candidato –, os pastores evangélicos esperam, agora, ser agraciados com a manutenção da isenção tributária para as Igrejas e para a altíssima renda dos pastores, pagas com o dinheiro do dízimo dos fiéis.

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Bolsonaro e Silas Malafaia. Foto: Wilton Junior/Eestadão Conteúdo.

Após ajudarem no convencimento dos seus fiéis a apoiarem as medidas de ataques do governo Bolsonaro contra os direitos dos trabalhadores e votarem unidos enquanto Bancada à aprovação da Reforma da Previdência, os líderes evangélicos RR Soares (Igreja Internacional da Graça de Deus), Silas Malafaia, Jonatas Câmara e José Wellington Costa Junior (os três ligados à Assembleia de Deus) agora querem receber o pagamento pelo sujo serviço prestado: manterem suas empresas explorando a fé de milhões de pessoas com o Estado financiando seus negócios a partir da isenção de impostos e tributos.

De acordo com esses pastores, que utilizam da política pra manter seus empreendimentos de utilização da fé de milhões de pessoas para seus interesses particulares, por trás dessa parceria com o governo federal existe a intenção de aproveitar tamanha afinidade ideológica com Bolsonaro para rever a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em relação à aprovação da criminalização da homofobia. Não por acaso o presidente já chegou a sugerir que o Supremo poderia ter um ministro evangélico.

Nesta quarta-feira, dia 07 de agosto, Jair Bolsonaro irá se encontrar com esses políticos que se intitulam pastores evangélicos pra discutir a reforma tributária. A intenção desses pastores é manter a imunidade tributária para as Igrejas, ou seja, manter o veto à aplicação de impostos sobre patrimônio, serviços e renda dos pastores. Em junho desse ano o governo já flexibilizou normas para prestação de contas de Igrejas, facilitando a ocultação de patrimônio, evasão de divisas e a realização de outras medidas de enriquecimento ilícito que poderiam ser configuradas em lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e estelionato, como aquelas pelas quais o famoso casal Hernandes (Igreja Renascer em Cristo) foi acusado no Brasil e chegou a ser preso nos EUA.

É necessária a imediata separação do Estado com as Igrejas. Não deve haver nenhum tratamento privilegiado para as Igrejas em relação às demais instituições e organizações da sociedade civil no que diz respeito à tributação. É necessário que o Estado não esteja sobre a influência de interesses ideológicos de nenhuma seita religiosa no que diz respeito a moral e aos costumes. Acordos políticos que envolvem a Igreja e o Estado devem ser rechaçados, como o Acordo Brasil-Vaticano e sua extensão às igrejas evangélicas, ou a intromissão de pastores e padres em temas como a legalização do aborto, a criminalização da homofobia e a educação sexual nas escolas.

 
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