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RACISMO
Preta Ferreira: 52 dias de prisão, racismo e injustiça
Redação

Janice Ferreira Silva, cantora e ativista pelo direito à moradia, está detida há 52 dias, acusada de extorquir moradores de ocupações em São Paulo. Em entrevista à “Marie Claire”, Preta, como é conhecida, garante estar respondendo por um crime que não cometeu.

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Nesta segunda-feira, (19), Preta Ferreira completou seu 52º dia detida, segundo ela, por um crime que não cometeu. “Estou na cadeia injustamente porque mulher preta e pobre neste país ou é alvo de 14 tiros como Marielle Franco ou acaba em um lugar assim. Estou presa pois a Justiça no Brasil é seletiva, racista e tem lado”, afirma em uma conversa com a reportagem de revista Marie Claire em uma sala nas dependências da Penitenciária Feminina de Santana, em São Paulo, onde aguarda a resolução de seu processo.

Preta é formada em publicidade, é cantora e agente cultural e também é uma das lideranças do Movimento dos Sem Teto do Centro (MSTC), e foi intimada em sua própria casa no dia 24 de junho por suspeita de extorsão. O inquérito, que levou à sua prisão temporária, baseia-se em denúncias de treze testemunhas anônimas.

De acordo com os dados do Instituto Terra, Trabalho e Cidadania (ITTC), 68% das mulheres encarceradas são negras, 57% são solteiras, 50% têm apenas o ensino fundamental e 50% têm entre 18 e 29 anos. A maior parte delas é mãe e cumpre pena em regime fechado, não possui antecedentes criminais, estava envolvida com atividades relacionadas ao tráfico e ao transporte nacional e internacional de drogas e possui dificuldade de acesso a empregos formais.

A Reforma da Previdência do Bolsonaro perpetua a lógica da escravidão que impõe às mulheres negras as piores formas de trabalho, se aprovada definitivamente prejudicará ainda mais as mulheres negras, parcela da população que mais sofre com a falta de proteção do direito do trabalho, a desigualdade salarial e o desemprego.

Sabemos que os impactos da reforma da Previdência para as mulheres negras são ainda maiores e mais brutais, somado à política racista e o pacote anticrime do ministro da justiça Sérgio Moro, são as mulheres negras que estão na linha de frente de todos os ataques de Bolsonaro.

 
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