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ENCARCERAMENTO
"As famílias não puderam sequer enterrar os seus mortos. Basta de encarceramento e repressão!", protestou Marcelo Pablito
Redação

O nível de barbárie a que chegou o massacre dos 62 presos em Altamira expõe como o maior responsável pela brutalidade é o Estado e sua política selvagem de encarceramento.

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O que já era um dos maiores massacres no sistema carcerário nos últimos anos, com a morte de 58 detentos, ganhou contornos ainda mais brutais com a morte de mais 4 presos durante transferência dos presídios.

Marcello Pablito, dirigente do MRT e um dos fundadores do coletivo de negros e negras Quilombo Vermelho, comentou sobre a barbárie em torno do caso e a verdadeira política de encarceramento adotada pelo Estado, responsável maior pelo massacre:

"É terrivelmente desumano a tragédia pela qual passam as 62 famílias dos presos mortos no presídio de Altamira, no Pará! Em um país com mais de 30 milhões desempregados ou subempregados, Bolsonaro arranca o futuro da juventude atacando a educação, oferecendo o trabalho precário enquanto quer que todos nós trabalhemos até morrer e sem direitos. Grandes capitalistas, políticos e a própria polícia estão por trás do tráfico de drogas que cresce cada vez mais graças à degradação social criada pelo capitalismo que arrasta para essa carnificina nossa juventude, sobretudo a juventude negra. Como resposta a tudo isso Bolsonaro, Moro e o judiciário racista oferecem mais presídios, repressão e morte enquanto comemoram o aumento do encarceramento."

Como nefasto coroamento da barbárie, e das indignantes e precárias condições de vida a que são submetidos os presos, nem sequer enterrar seus mortos puderam as famílias das vítimas, como comentou Pablito:

"Celas superlotadas, sem a menor condição de higiene e saúde públicas é onde se amontoam centenas de milhares de almas que comem comida podre, vivem no meio dos ratos e a quem o Estado condena não apenas à privação da liberdade mas a apodrecer vivos enquanto são submetidos à tortura sistemática dessa polícia assassina e herdeira da ditadura militar! Não bastasse isso agora suas famílias não puderam sequer enterrar os seus mortos, amontoados em caminhões frigoríficos que abrigaram dezenas de corpos em decomposição".

Frente a todo esse contexto de selvageria representado pelo massacre, Pablito apresentou um programa e a necessidade da organização como saídas para a política estatal de extermínio e encarceramento da população negra:

"Organizemos a classe trabalhadora junto a juventude para por um fim nessas mortes! Por emprego, saúde e educação para todos! Basta de assassinatos e torturas pela polícia! Legalização das drogas para por fim ao tráfico de drogas! Basta de encarceramento e repressão: liberdade a todos os presos sem julgamento e júri popular para os já condenados!"

 
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