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ASSASINATO E ATAQUE A INDÍGENAS NO AMAPÁ
Bolsonaro nega assassinato de indígena e fala em legalizar garimpo no Brasil
Redação

Bolsonaro na manha desta segunda-feira (29) não só declarou de forma absurda que "Não há nenhum indício forte" de assassinado de nenhum indígena no Amapá, como também aproveitou a crise instaurada para defender os garimpeiros, e dizer que quer sim legalizar o garimpo no Brasil.

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“Não tem nenhum indício forte de que esse índio foi assassinado lá agora.” Esse foi o centro da declaração de Jair Bolsonaro sobre o conflito instaurado no Amapá entre indígenas e garimpeiros que invadiram as terras da aldeia de Yvytotõ, e assassinaram Emyra Waiãpi, de 62 anos,

A aldeia fica no município de Pedra Branca do Amapari, no Amapá. Moradores da aldeia de Yvytotõ acionaram a Funai durante a semana passada, após um ataque de um grupo de 15 garimpeiros, que segundo documentos da própria Funai (Fundação Nacional do Índio) invadiram a aldeia e permaneceram durante a noite, com armas de alto calibre. O assassinato de Emyra Waiãpi ocorreu no dia 23. Segundo as informações, ele havia confrontado os invasores, e foi morto. Seu corpo foi encontrado com diversas perfurações.

Bolsonaro, hoje pela manhã deu declarações, e se colocou a imprensa com seu tom asqueiroso, destilando sua vontade em atacar os indígenas. Disse que tem intenções de legalizar o garimpo no Brasil. "É intenção minha regulamentar o garimpo, legalizar o garimpo, é intenção minha, inclusive para índio (...)” Disse o ultra direitista, dias após a morte de Emyra Waipã pela mão do grupo de garimpeiros que invadiu as terras de Yvytotõ.

Bolsonaro já deixou claro qual seu projeto e seus interesses com as terras indígenas e ataques as comunidades. Ele quer acabar com as demarcações de terras indígenas, e entregar o que para ele são atualmente “terras improdutivas” para a mão de seus amigos do Agronegócio e das Mineradoras. Legalizar o garimpo, o desmatamento, e a tomada de terras indígenas para atender aos interesses desses setores fundamentais para sua sustentação no governo.

Não a toa, Bolsonaro já coleciona medidas de ataque aos indígenas em nome dos interesses do agronegócio e das mineradoras. Não somente as declarações de que quer legalizar o garimpo no Brasil. O presidente a alguns meses atrás colocou de pé uma MP que transferia a questão das demarcações de terra para o Ministério da Agricultura, comandado pela ruralista Tereza Cristina. A MP foi vetada pelo STF, mas Bolsonaro a recolocou algumas semanas depois, retirando a responsabilidade sobre as demarcações da Funai.

Na lista dos ataques a Funai, Bolsonaro coleciona alguns outros. Um deles foi a submissão da Funai ao Ministério da Justiça, comandado pelo ex-juiz Sergio Moro, fiel serviçal do imperialismo. Junto com isso, no último dia 19 de julho, Bolsonaro entregou a presidência da Funai para um delegado da PF que é representante da Bancada Ruralista, Marcelo Augusto Xavier .

Para além de suas declarações absurdas e medidas, Bolsonaro está coligado com os maiores criminosos contra os povos indígenas no país, como Nabhan Garcia, presidente da União Democrática Ruralista (UDR), uma entidade que reúne latifundiários que matam a cada dia os povos indígenas no campo e articulam a bancada ruralista contra seus direitos no congresso. É em nome desses que Bolsonaro fala, sendo apenas o “testa-de-ferro” dos grandes interesses econômicos desses bilionários capitalistas que estão hoje apoiando sua candidatura. Com Bolsonaro no governo, esses setores, que já matavam impunemente indígenas, inclusive contando com o apoio das polícias, se sentem muito mais respaldados pelo Estado para seguir cometendo seus crimes e atacando os indígenas.

 
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