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PRIVATIZAÇÃO
Ministério da Infraestrutura cederá concessões para aprofundar a privatização no setor público
Redação

O Ministério da Infraestrutura anunciou uma série de concessões à iniciativa privada que pretende realizar nos próximos anos. Tal empreendimento visa atrair cerca de 208 milhões de reais destinados a área de infraestrutura, sendo parte das concessões, aeroportos, ferrovias, portos e diversas rodovias no país. Isso tudo num plano para ser finalizado até 2022.

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Na foto o ministro da Infraestrutura Tarcísio Gomes de Freitas e o presidente Jair Bolsonaro

Trata-se de um importante passo para o projeto de Bolsonaro e Paulo Guedes de avanço com as privatizações do setor público e retirada de direitos aos trabalhadores, sob a desculpa de atrair investimentos, gerar novos empregos e resolver a crise econômica que assola o país. Porém, não nos esquecemos que essa promessa é realizada há anos para nos submeter a ataques cada vez mais brutais, mas, que no limite, não nos entregou nada além de uma vida cada vez mais miserável e sem uma perspectiva de um futuro com condições dignas de trabalho e subsistência. Desde que foi implementando o Golpe Institucional, no intuito de acelerar essa agenda e agravar o quadro de entrega de nossos recursos, direitos e o serviço público para as mãos dos empresários, foram feitas diversas medidas como a PEC do teto dos gastos e a Reforma Trabalhista, que apenas precarizaram mais a vida das pessoas, num país com 13 milhões de desempregados e, nas últimas 20 semanas, uma previsão menor do PIB.

Além disso, há a tramitação da reforma da previdência, que também advém dessa série de ataques, mas com um objetivo mais profundo ao nos fazer trabalhar até morrer, e que, com sua recente aprovação na Câmara dos Deputados Federais, nos abre margem para que sejam atraídos os olhos dos empresários para empreender no Brasil e, obviamente, contando com um terreno arrasado e miserável para lucrar o máximo possível. Não a toa, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas declarou nesta segunda-feira que:

“Podemos esperar presença forte de investidor estrangeiro nesses projetos. O resultado da Câmara foi muito importante. Havia o risco de insolvência do setor público, o investidor enxergava isso. Esse risco tem sido mitigado por meio da questão previdenciária”

Ou seja, mesmo com uma eventual aprovação da reforma, ainda não será possível acabar com a crise, muito menos, melhorar nossas condições de vida. Isso porque o objetivo desses ataques nunca foi de impor uma solução definitiva para a crise econômica, mas, sim de agravá-la e descarregá-la nas costas dos trabalhadores e da juventude.

Mesmo, com os ataques já realizados, as alternativas orçamentárias do gabinete de Bolsonaro visam a entrega de cerca de 132 empresas para o capital privado, dentro de um plano, reconhecido como o maior projeto de desestatização do mundo. “Temos uma compressão do Orçamento. É insuficiente. Por isso, nossa aposta é a transferência para a iniciativa privada. A presença maciça do setor privado vai fazer a diferença”, como já tinha declarado Freitas.

Frente a isso, é vergonhosa a postura das centrais sindicais, que ao longo do ano, não colocaram nenhuma alternativa concreta para barrar esses ataques ao não construir um plano de lutas que poderia ser articulado com base em milhares de assembleias em cada lugar de trabalho. Destaca-se o papel da CUT e CTB nesse entrave, ao serem dirigidas pelo PT e PCdoB, cujos governadores declararam apoio para a reforma em uma carta e que, portanto não nos apresenta um enfrentamento até o final para esse projeto, muito menos para a crise capitalista. Suas estratégias se limitam a apenas negociar e arrancar com todas as suas débeis forças num terreno parlamentar, algumas migalhas e atenuações desses ataques.

É necessária uma resposta a altura dos desafios colocados e que não nos remeta mais para um passado, ou presente, contraditório de negociações com a burguesia numa crença cega na possibilidade de uma administração do capitalismo mais humana e sensível. Sua lógica nefasta que sempre nos aponta na direção de esmagar os oprimidos para aliviar os opressores deve ser desafiada. Por isso, a repartição das horas de trabalho, sem redução de salário e direitos, vinculado a um plano de obras públicas e ao não pagamento da dívida pública, que nada mais é que um mecanismo fraudulento de espoliação de nossas riquezas para as mãos do imperialismo. É necessário que as direções da UNE e da CUT e CTB parem de dividir as lutas como vêm fazendo até agora, separando a juventude da luta dos trabalhadores, como fizeram com a Reforma da Previdência e os cortes, e que chamem um plano de lutas pra derrotar todos esses ataques.

 
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