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Bolsonaro se irrita e volta atrás depois de debochar do Brasil de 7 milhões de miseráveis
Redação

Presidente havia afirmado que “Falar que se passa fome no Brasil é uma grande mentira”, em café da manhã com correspondentes internacionais.

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Nesta sexta-feira (19), enquanto Bolsonaro e jornalistas tomavam café, o presidente afirmou que “Falar que se passa fome no Brasil é uma grande mentira. Passa-se mal,não come bem. Aí eu concordo. Agora, passar fome, não”, “Você não vê gente pobre pelas ruas com físico esquelético como a gente vê em alguns outros países por aí pelo mundo”, em resposta à uma representante do jornal espanhol El País, quando disse sobre o presidente da câmara, Rodrigo Maia, ter manifestado preocupações acerca das desigualdades sociais no Brasil. Relacionado à isso, a jornalista quis saber o que o governo está fazendo para reduzir a pobreza no país.

Mais tarde, em outro evento em comemoração ao Dia Nacional do Futebol, Bolsonaro tenta amenizar sua fala anterior, dizendo que “alguns passam fome”. Porém, quando questionado sobre se estava voltando atrás de sua declaração anterior, Bolsonaro se alterou e respondeu: “Ah, pelo amor de deus, se for para entrar em detalhes, eu vou embora. Eu não tô vendo nenhum magro aqui [dentre os jornalistas]. Temos problemas no Brasil, temos, não é culpa minha, vem de trás. Vamos tentar resolver”, “O que tira o homem e a mulher da miséria é o conhecimento, não são as bolsas e programas assistencialistas. Nós temos que lutar nesse sentido, nessa linha, para dar dignidade ao homem e a mulher brasileira.”

Bolsonaro ainda declarou que o país privilegiado e que os Poderes Executivo e Legislativo podem fazer “é facilitar a vida do empreendedor, de quem quer produzir, e não fazer esse discurso voltado para a massa da população, porque o voto tem o mesmo peso”.

Bolsonaro, afinal de contas, não só é incapaz de se redimir do deboche inescrupuloso que fez, mas quando tenta passar panos quentes, ainda denota seu direcionamento político no combate a desigualdade, quando afirma que população mais pobre e carente tem que sair da miséria pelo conhecimento e não por programas assistencialistas, ou seja, por conta própria, mas em contrapartida, o mesmo promove investidas constantes contra a educação pública do país, como os cortes pretendidos nas universidades federais, ou até mesmo enquanto ainda deputado, quando votou favorável a PEC 241 (PEC do teto), que diminuiu consideravelmente os investimentos em educação, desde o sistema de educação básica até as universidades.

Demonstrando desconhecimento total sobre os problemas sociais do país, faz chacota ao comparar tipos de magreza da população e não cogita soluções políticas concretas, pelo contrário, com suas declarações sobre o conhecimento ser a única solução, aliada a sua política que tenta um desmonte do sistema público de educação, demonstra como na verdade, em seu governo, os mais miseráveis estarão cada vez mais a própria sorte, em um país onde de desigualdade social e de desemprego crescem exponencialmente. Por fim, Bolsonaro ao se referir ao papel do estado para combater a pobreza, revela sua política vendilhona de colocar o estado como um simples aparato “de joelhos” para facilitar a vida do capital privado.

Foto: Agência Brasil - Site BBC News Brasil

 
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