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TRAGÉDIA NA BAHIA
Abandonados pelo governo, 100 famílias tem casas inundadas por barragem na BA
Redação

Uma barragem se rompeu na cidade de Pedro Alexandre, a 435 quilômetros de Salvador, na Bahia, na manhã desta quinta-feira, 11. O risco é que água misturada com lama chegue ao município de Coronel João Sá ainda nesta tarde e cause estragos.

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Foto: Studio Júnior Nascimento

Segundo informações da Superintendência de Defesa Civil do Estado da Bahia (Sudec), as estradas da região estão intransitáveis devido à alta quantidade de lama, e isso está dificultando o atendimentos pelos órgãos à população. Eles culpam a chuva, mas a verdade é que este drama é a expressão da ganância capitalista, onde os lucros valem mais do que as vidas dos trabalhadores.

“Algumas casas foram invadidas, mas não teve feridos. Ainda não conseguimos contato com esses moradores porque o povoado está ilhado. Tem muita lama e água no caminho. Apesar disso, sabemos que eles não foram atingidos porque entramos em contato antes, e eles deixaram as casas antes do rompimento”, Segundo Carla Leão, coordenadora da Defesa Civil em Pedro Alexandre.

Conforme o post do Prefeito da Cidade, as pessoas que tiveram suas casas atingidas pelo rompimento, podem procurar abrigo no Colégio Municipal Maria Dalva, no Ruy Barbosa, Juracy Magalhães e também no Paraíso Infantil.

Essa não é a primeira vez que a Bahia conta com uma tragédia assim. Há pouco mais de um ano, na região Norte e Nordeste romperam barragens em Paragominas-PA, aonde 14 bairros ficaram alagados, matando duas crianças e afetando 350 famílias. (https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2018/04/fortes-chuvas-deixam-mortos-e-desabrigados-no-norte-e-nordeste-do-pais.shtml)

Essas tragédias ambientais são uma tragédia evidentemente capitalista, humana, que pode ainda custar vidas e que destruiu a região, o solo, e ao menos até agora 120 casas e cerca de 300 pessoas que vivem nesta área tem risco de ser atingida pela água. Essas catástrofes são fundamentos de uma lógica produtiva que tem como prioridade a maximização dos lucros independente das possíveis implicações da atividade exploratória de mineração.

A tragédia relembra um passado muito recente: há pouco mais de 3 anos aconteceu o maior desastre ambiental do Brasil, em Mariana (MG), aonde também houve o rompimento da barragem de Fundão com resíduos da mineradora Samarco, empresa controlada pela Vale e BHP Billiton.

São 54 barragens de água no Brasil – principalmente na região Nordeste, Bahia e Alagoas em especial – que apresentam problemas de infraestrutura antiga e precária, como exposto pela Agência Nacional das Águas (ANA). Barragens de água para geração de energia, consumo humano e navegação também indicam possíveis riscos de ruptura e podem representar impactos seríssimos às populações próximas.

 
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