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ATAQUES À EDUCAÇÃO
Trabalhar até morrer e sem educação: projeto de Bolsonaro cobrará mensalidade em universidades
Redação

Menos de 24 horas se passou desde que a reforma da previdência foi aprovada e, segundo a Revista Fórum, Bolsonaro, junto à Guedes e Weintraub, já planejam ataques violentos contra a educação: querem cobrar mensalidade, congelar contratação e cortar verbas da pesquisa.

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Menos de 24 horas se passou desde que a reforma da previdência foi votada na Câmara dos Deputados e aprovada com 379 votos em primeiro turno e segundo a Revista Fórum, o governo Bolsonaro já inicia seus futuros ataques, parte de um conjunto que incluía a reforma, para fazer com que os trabalhadores, a juventude e a população pobre pague pela crise. Com o aval de Paulo Guedes, Abraham Weintraub criou projeto para cortar verbas das universidades públicas e permitir a cobrança de mensalidade, bem como aumentar a captação de recursos de empresas.

Assim, o projeto de Weintraub é atacar as universidades cortando o financiamento de pesquisas, congelando contratações e abrindo ainda mais as portas das universidades públicas para o setor privada, liberando que sejam cobradas mensalidades como forma de financiamento dos estudos.

Todos estes ataques, que não se separam em nem um milímetro da reforma da Previdência, estão à serviço de aprofundar a miséria e a exploração da juventude, atacando o ensino público, tornando a educação mais tecnicista, forjando mão de obra sucateada para ser melhor explorada pelos capitalistas. Atualmente, há pesquisas financiadas por grandes empresas nas universidades, como é o caso da Vale, que cometeu os crimes de Mariana e Brumadinho, em prol do desenvolvimento de tecnologias, métodos de produção, transporte e estágios para a manutenção da empresa. É por esta lógica mercadológica que se pauta a universidade, não apenas as privadas, mas as públicas e o que Bolsonaro mira é aprofundar ainda mais esta faceta da universidade à serviço do aumento da subordinação ao capital imperialista. Seu projeto ficou evidente quando, em declaração em sua conta do Twitter, Bolsonaro afirmou que iria fomentar cursos que são “rentáveis” como medicina veterinária, engenharia e medicina. Com Tereza Cristina, conhecida como Musa do Veneno, como ministra da Agricultura e buscando fechar um acordo com a União Europeia, Bolsonaro irá alavancar o agronegócio no Brasil legalizando centenas de agrotóxicos e ampliando a exploração dos latifundiários sobre os trabalhadores. É evidente que, neste sentido, Bolsonaro queira formar um exército de profissionais que possam atuar na Bancada do Boi em que ele se apoia.

Junto à isso, Bolsonaro também criticou nesta manhã a autonomia das universidades junto à bancada da bíblia no parlamento. Segundo ele, a autonomia universitária leva à acontecer “coisas absurdas” e que as universidades se transformaram em “terra deles” se referindo à esquerda. O projeto do governo Bolsonaro para a educação é claro desde que disputava as eleições presidenciais: frequentemente atacando as universidades como “antro de comunistas”, defensor de políticas privatistas e também de projeto ultra-reacionários como o Escola Sem Partido, fomentando perseguição aos professores que considerados pela escória da extrema-direita como “doutrinadores”. Bolsonaro e seus aliados sabem que a vanguarda da juventude crítica ao seu governo reacionário encontra-se em sua maioria nas universidades, sendo um polo historicamente forte de luta, como por exemplo durante a ditadura militar, governos neoliberais que aplicaram duros ajustes, como FHC.

Veja também: Conune 2019: Diante dos ataques de Bolsonaro, por qual projeto de educação devemos lutar?

Os dias 15M e 30M após a declaração dos cortes de 30% as universidades públicas mostrou para Bolsonaro a força da juventude que rechaça seu governo e seus ataques e que há uma imensa disposição de luta neste setor, que se mostrou linha de frente em muitos processos históricos. Assim, buscando atacar a autonomia universitária e também perseguindo o direito à liberdade de pensamento e organização da juventude e dos trabalhadores, Bolsonaro quer garantir que escolha a dedo os reitores, para colocar sob direção de seus aliados as universidades brasileiras, garantindo medidas de perseguição aos trabalhadores, estudantes e professores.

A concepção de Bolsonaro de universidade está completamente voltada ao lucro dos grandes empresários, e não podemos separar os ataques político-ideológicos dos ataques econômicos, pois ambos tem o objetivo de destruir a educação, o direito ao trabalho digno e a aposentadoria, para garantir o lucro dos patrões escoando a crise capitalistas pela via dos trabalhadores e da juventude. Fica evidente que Bolsonaro avança para aprofundar ainda mais os ataques que se iniciaram com o golpe em 2016, que derrubou Dilma Rousseff já incapaz de garantir ajustes na velocidade e intensidade que impunha a burguesia. A juventude que colocou sua força nas ruas, precisa se aliar aos trabalhadores, entendendo os ataques de Bolsonaro como um conjunto de medidas neoliberais, levando a cabo um plano de luta capaz de derrotar este governo reacionário, e jogar a crise nas costas de quem deve realmente pagá-la: os capitalistas.

 
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