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REFORMA DA PREVIDÊNCIA
Após Bolsonaro presentear deputados com R$ 1 bi em emendas, reforma da Previdência pode ser votada nesta madrugada
Redação

O governo Bolsonaro, autoproclamado da "nova política" sem toma-lá-da-cá, liberou mais de 1 bilhão em emendas constitucionais às vésperas da votação da reforma da Previdência no plenário da Câmara. A reforma que destrói as aposentadorias pode ser votada na madrugada desta quarta (10).

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Foto: Agência Brasil.

Foram 37 portarias publicadas no ’Diário Oficial da União’ para liberação de recursos do orçamento em emendas parlamentares, investimentos que são determinados por deputados e senadores. E a promessa é de 40 milhões para cada deputado até 2020.

O dinheiro das emendas tem de ser empregado em projetos e obras nos estados e municípios, e é reconhecidamente uma forma do governo federal comprar apoio em seus projetos, liberando verbas para projetos de deputados e senadores dispostos a vender seu voto.

As emendas são verbas previstas, mas não é coincidência que, segundo levantamento da ONG Contas Abertas, só nos primeiros cinco dias de julho foram empenhados R$ 2,551 bilhões em emendas. O valor dos cinco primeiros dias de julho é superior ao empenhado durante todo o primeiro semestre de 2019.

Munidos de verbas que compraram seus votos, parlamentares acabam de começar a discussão no plenário da câmara sobre a reforma da Previdência.

Reforma justa é Fake News!

O projeto modificado pela comissão especial, que é vendido pela grande imprensa como mais “igualitário”, continua garantindo aos militares o salário que recebiam no fim de carreira, e ainda criaram um nível hierárquico a mais para beneficiá-los.

Juízes e promotores também terão garantidos seus vencimentos atuais. Políticos também têm a chance de passar no plenário do Congresso uma regra de transição mais leve “para não perder direitos”.

Isso em um país em que 60% dos aposentados recebem um salário mínimo. Ainda para ficarmos no projeto, nele está embutido um dispositivo que isenta o agronegócio de pagamento do INSS, deixando de entrar no orçamento público (saúde, educação e transporte) mais de R$ 80 bilhões.

O mesmo governo que é valente contra o que chamam de “privilégios” do trabalhador não se anima a cobrar das grandes empresas a dívida de mais de 450 bilhões destas com a Previdência Social, admitida por um documento do próprio Senado Federal. Anualmente, o país dá mais de 350 bilhões de isenções fiscais para grandes empresas, que deixam de pagar impostos no país, que já é dos que menos cobra impostos de ricos e grandes empresários.

Além disso, nosso judiciário (golpista e autoritário) é o mais caro do mundo e o Congresso Nacional é o segundo mais caro.

Do lado do capital financeiro e do empresariado, existe um rombo nas contas públicas que é a nunca falada dívida que esses setores contraíram com o Estado. Os grandes meios de comunicação também escondem esse fato.

Na realidade, operam para realizar a pilhagem do dinheiro do trabalhador e da retirada de seus direitos, ao cortar verbas das áreas sociais, privatizar o patrimônio público e em nos atacar com a previdência para que a fraudulenta e não discutida dívida pública, contraída com os bancos nacionais e internacionais, seja paga religiosamente quando ela deveria ser cessada imediatamente.

 
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