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FRAÇÃO TROTSKISTA
Centenas de jovens, mulheres e trabalhadores da Europa participam na escola de verão internacionalista
Redação

Esta quinta-feira começou em Aveyron (sul da França), a Universidade Internacionalista e Revolucionária de Verão, organizada pelos jornais da rede internacional Esquerda Diário, impulsionada pelos grupos da Fração Trotskista - Quarta Internacional na Europa, organização da qual o MRT é parte.

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No coração de Aveyron (sul da França), em um cenário idílico, trabalhadores, mulheres e jovens da França, Estado espanhol, Alemanha e Itália começaram as primeiras discussões e debates da segunda edição do Universidade Internacionalista e Revolucionária de Verão.

A Universidade de Verão é organizado pelos jornais da rede internacional Esquerda Diário, promovidos por grupos da Fração Trotskista - Quarta Internacional, uma organização internacional que faz parte o MRT.

Nesta segunda edição europeia estarão presentes Révolution Permanente e a CCR da França, Klasse gegen Klasse e o Grupo do RIO da Alemanha, o grupo de jovens Contracorriente e a CRT do Estado espanhol, La Voce delle Lotte e a FIR da Itália e coletivos estão presentes rede internacional de mulheres Pão e Rosas.

Mais de 350 pessoas entre trabalhadores e estudantes, abriram o debate do primeiro dia com um plenário inaugural sob o signo do movimento de mulheres internacional.

Calorosamente recebido pelos turistas da vila de Aveyron, alguns participantes chegaram na quarta-feira à tarde e é esperado que continuem chegando participantes durante todo o fim de semana.

Depois de um período marcado por diversos eventos a nível internacional, escola de verão é uma oportunidade de encontro, reflexão e debate entre os jovens trabalhadores internacionalistas em diferentes países europeus. Desde o movimento dos "Coletes Amarelos" na França até pela independência da Catalunha, desde a primavera argelina contra Bouteflika até o surgimento de uma nova onda feminista internacional, vários fenômenos da luta de classes contrastam com o fortalecimento extrema direita e da crise dos projetos neorreformistas.

Estratégia, política, diversidade e Coletes Amarelos

Nesta quinta-feira a conferência começou com várias palestras e mesas redondas sobre vários temas. A juventude trabalhadora precária foi representada em uma mesa redonda que reuniu jovens trabalhadores da França (Deliveroo), da Alemanha (Universidade de Berlim) e do Estado espanhol (Telepizza, que vêm de fazer sua segunda greve contra a empresa exigindo que eles sejam pagos pela alta do SMI). Outra palestra tratou da relação entre os sindicatos e o movimento dos "Coletes Amarelos", com os delegados dos trabalhadores franceses Anasse (ferroviário), Gaetan (aeroviário) e Vincent Duse (automotriz).

O debate que abordou as discussões sobre o marxismo e a arte militar permitiram introduzir os principais conceitos do importante livro de Emilio Albamonte e Matías Maiello. Em outro debate, Juan Chingo, autor de um novo trabalho sobre os Gilet Jaunes (Coletes Amarelos), expôs sua visão de internacionalismo, um internacionalismo mais do que necessário em um momento em que a soberania e as soluções reacionárias ganham boa reputação.

Josefina Martínez, do Estado espanhol, abordou o debate sobre feminismo, marxismo e interseccionalidade, para discutir a relação entre classe, gênero e raça. No primeiro dia, palestras também foram realizadas sobre as lições da Guerra Civil e da Revolução Espanhola, e sobre os pontos nodais do pensamento de Leon Trotsky.

Por outro lado Andrea D’Atri ofereceu uma palestra sobre a Argentina, a experiência da Frente de Esquerda e a construção de um partido revolucionário. Finalmente, houve também debates sobre marxismo, racismo e questões nacionais, bem como outros sobre a questão LGBTI a 50 anos de Stonewall.

Lazer, diversão e camaradagem

Entre as palestras, também havia espaço para espairecer. Com o prazer de se encontrar novamente, centenas de participantes, trabalhadores, mulheres e jovens de diferentes países compartilharam momentos para cantar, nadar, rir e dançar.

À tarde, antes da Plenária, a visita ao rio era inevitável. À noite, o filme "Les Révoltés" foi exibido, sobre maio francês. Na sexta-feira, os Coletes Amarelos serão homenageados com a exibição do filme "Yellow Vests, a State Repression", em colaboração com a Street-Press.

Com festas, danças, mergulhos e partidas de futebol, a universidade de verão é também um momento de descanso após um ano de intensa luta de classes.

Pão e Rosas: o movimento internacional das mulheres e feminismo anti-capitalista e revolucionário

O dia culminou com uma grande plenária para discutir a "Nova onda feminista" organizada pela rede de grupos Pão e Rosas na Europa (no Estado espanhol, França, Alemanha e Itália). Os participantes incluíram Andrea D’Atri, fundadora da Pan y Rosas na Argentina, Verónica do Pan y Rosas na Espanha, Loli, operária ferroviária e membro da Du Pain et des Roses na França; Scilla de Il Pane e le Rose da Itália; e Lily, da Brot und Rosen da Alemanha.

Em seu discurso, Andrea D’Atri observou que "pela primeira vez, as mulheres são metade da classe trabalhadora, nossas reivindicações como mulheres podem ter uma influência, um peso, uma importância que nunca vimos em outros momentos".

Andrea argumentou que o movimento das mulheres "avança em sua radicalização, em uma situação objetivamente nova", que poderia desempenhar um papel importante "na construção de uma nova subjetividade de nossa classe, dos oprimidos e explorados". O ambiente é mais favorável do que nunca para a luta das mulheres contra as divisões impostas pelas classes dominantes. Mais do que nunca, trata-se de "tentar elevar as demandas das mulheres até o enfrentamento com o Estado capitalista, responsável por manter o patriarcado, o machismo e sua violência".

Os debates continuarão até domingo com várias palestras, mesas redondas e plenários com o objetivo de fazer um balanço da situação política e trocar ideias sobre as tarefas que estão à nossa frente que lutam contra o sistema capitalista, os regimes políticos ao seu serviço e todos as formas de exploração e opressão.

Programação do evento

 
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