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REFORMA DA PREVIDÊNCIA
Comissão aceita relatório violento contra a previdência de milhões e agenda votação na Câmara
Redação

Com 36 votos a 13, Comissão especial para debate sobre a reforma da Previdência acaba de aprovar o relatório final, que será enviado para votação na Câmara antes de sua deliberação final no Senado. O relatório é agressivamente violento contra as camadas mais pobres do país e contra o conjunto da classe trabalhadora.

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O relatório é violento, digno de filme de terror. Tende a ser o fim da aposentadoria rural, obriga o idoso a esperar até os 70 anos para o auxílio BPC. É a impossibilidade da grande maioria da classe trabalhadora de ter direito ao benefício na terceira idade, forçando a grande massa brasileira a trabalhar até morrer, no país onde jovens não conseguem emprego e onde a média de trabalho formal só diminui. Já as forças repressivas, que matam nossos jovens todos os dias, foram presenteadas e ainda querem mais.

Os votantes favoráveis à reforma, em sua grande maioria, elegeram fazer parte do regime especial de aposentadoria para deputados, que apenas esse ano seguiria valendo caso a reforma seja aprovada, garantindo a manutenção de seu privilégio frente à grande massa trabalhadora, que terá médias de aposentadoria menores do que no cálculo atual, no caso de aprovação da reforma.

Além disso, a reforma coloca a aposentadoria rural e idade mínima como leis simples, que poderiam ser alteradas pelo congresso com muito mais facilidade do que trâmite de alteração de lei constitucional, que exige maioria qualificada no congresso para ser alterada.

Um dos grandes atacados pela reforma são os professores da rede pública, que hoje são enquadrados na aposentadoria especial após 5 anos de carreira, e com a reforma, deverão apresentar 25 anos de carreira docente para receberem o direito à aposentadoria especial. Essa que é uma carreira atacada sistematicamente pelo governo Bolsonaro e suas distintas alas, que querem implementar Escola Sem Partido e outros ataques a um profissional que se provou vanguarda da resistência contra ataques que seriam lançados por muitas outras categorias, como foi a heróica greve que levaram adiante em São Paulo, ao lado de outros trabalhadores e trabalhadoras municipários, contra o Sampaprev de Dória e Covas.

Agora, com a aprovação na Comissão Especial, a reforma tramita para o Congreso já na semana que vem. Se aprovada ali, há possibilidade de que ainda nesse semestre haja a sua aprovação também no Senado. Um tempo recorde de votação, dadas as condições de atritos dentro do governo, certamente um movimento de aceleração para agradar banqueiros e patrões que sonham com formas mais duras de explorar e oprimir a classe trabalhadora.

 
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