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ESTADOS UNIDOS
“Não é meu tipo”, disse Trump sobre a jornalista que o acusou de estupro
Redação

Outra denúncia por abuso recai sobre o presidente dos Estados Unidos Donald Trump. Como em outras ocasiões o magnata insultou as mulheres e as tratou como mentirosas. Nesse caso, ele assegurou que “não era seu tipo”.

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Trump acumula, desde antes de se tornar presidente dos Estados Unidos, vários escândalos por denúncias de abuso de todo tipo contra mulheres ao longo de sua carreira. Sobre última denúncia, feita pela jornalista e escritora Jean Caroll, o misógino Trump se defende usando a frase “ela não é meu tipo”. Um argumento que só nega a possibilidade de estupro pelo aspecto da mulher e não por não ser capaz de fazer uma atrocidade dessas.

As declarações de Trump foram publicadas essa terça (25) em uma entrevista para o jornal The Hill.

Caroll, de 75 anos, disse em várias entrevistas desde a última sexta-feira que em meados da década de 1990 Trump se aproximou dela na loja Bergdorf Goodman em Nova York e, depois de falar algumas coisas desconfortáveis, a encurralou em um provador de roupas e a violou.

"É tudo mentira", disse Trump ao The Hill "Eu não sei nada sobre essa mulher, é uma coisa terrível que as pessoas possam fazer acusações como essa".

"Te digo com todo o respeito: número um, ela não é meu tipo, número dois, isso nunca aconteceu", acrescentou o presidente durante a entrevista, realizada segunda-feira em seu escritório na Casa Branca.

Ciente das declarações do presidente, Carroll disse à CNN que Trump sempre rejeitou todas as alegações de mulheres que o acusaram de má conduta sexual.
Desde que Trump começou sua campanha presidencial em 2015, quinze mulheres já o acusaram de diferentes casos de abuso ocorridos ao longo de décadas.

Poucos dias antes de sua eleição, em novembro de 2016, vazou publicamente uma gravação de um diálogo no qual Trump se gabava de beijar mulheres a força e de tocar em suas genitálias.

“Quando é uma celebridade, te deixam fazer o que quiser, pode fazer o que quiser (...). Agarrá-las pela buceta. Pode fazer de tudo” diz Trump na gravação, registrada antes de rodar o programa “Access Hollywood” em 2005.

Até agora, o presidente tem negado todas as acusações e a Casa Branca insiste que as mulheres estão mentindo.

Caroll conta que ofereceu resistência e que o ato durou menos de três minutos, quando saiu correndo do provador. Ela diz que até agora não havia falado publicamente sobre o assunto por medo de retaliação e de perder seu emprego.

Além das alegações de abuso, Trump também esteve envolvido em outros escândalos em 2018, quando veio a público que ele teria pago um suborno ao jornal National Enquirer para cobrir a história de um suposto caso com a ex-playboy Karen Mc Dougal. O objetivo era que esta publicação não fosse divulgada durante a campanha eleitoral de 2016.

Esse caso se somou a suposta relação que Trump havia mantido com a atriz Stormy Daniel, a quem cujo silencio pagou 130.000 dólares. Trump negou saber sobre esse pagamento, porém mais tarde se confirmou o contrário quando o FBI confiscou documentos onde se comprovava a transação.

O machismo e a misoginia de Trump fez com que milhões de mulheres saíssem às ruas de todo os EUA no mesmo dia em que ele assumiu a presidência. Hoje, a luta tem seguido por outras vias, que inclui a defesa das trabalhadoras contra os abusos no trabalho, pelo fim da desigualdade salarial entre homens e mulheres, pela defesa das mulheres migrantes e uma forte campanha pelo direito ao aborto em um momento em que esse direito está sendo atacado em muitos dos estados do país.

 
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