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REFORMA DA PREVIDÊNCIA
Bolsonaro oferece R$23 milhões a cada deputado que votar na sanguinária Reforma da Previdência
Redação

Bolsonaro prova que ainda reconhece o chiqueiro onde construiu a maior parte dos seus 28 anos de carreira política. Durante as discussões sobre o relatório da Reforma da Previdência na comissão especial da Câmara, ele prometeu mais R$ 23 milhões para cada deputado direcionar às suas regiões. O governo gasta milhões para aprovar o roubo das aposentadorias de milhões de trabalhadores, com apoio da FIESP, das Igrejas Evangélicas, dos bancos e empresários.

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Em meio a profunda crise que vivemos, o aumento da pobreza e do adoecimento dos trabalhadores, Bolsonaro, como um velho corrupto, destina milhões dos cofres públicos em benefício da aprovação da Reforma da Previdência.

Segundo informações do jornalista do Globo, Lauro Jardins, o líder do PSDB do Congresso, Carlos Sampaio, avisou sua bancada que serão liberados R$10 milhões esse semestre e o restante no próximo, um “adiantamento” aos serviços prestados.

No final do mês de abril, pouco antes da primeira votação do projeto, na CCJ, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), acordou com Rodrigo Maia (DEM), presidente da Câmara de Deputados, o destino de R$ 40 milhões em emendas para cada parlamentar até 2022.

Essa reforma que nada tem a ver com combater privilégios, significa obrigar os trabalhadores a 40 anos de serviço para receber uma aposentadoria completa, além de aumentar em 7-10 anos a idade mínima, ou seja, aumentar o tempo de vida em que o trabalhador será explorado.

Uma reforma que vem com a mesma promessa feita com a reforma trabalhista: emprego. A situação de emprego, porém, só poderá piorar com essa reforma, sobretudo para a juventude, que hoje é a principal vítima dos trabalhadores precários expandidos com as mudanças trabalhistas, como os Rappi, Uber e outras fontes informais de renda.

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As dívidas bilionárias dos empresários serão perdoadas, enquanto os recursos obtidos com essa proposta irão diretamente para os bolsos dos magnatas financistas que mandam no país através da dívida pública.

Quando se trata do apoio necessário para que o governo entregue à Bovespa, aos monopólios internacionais, a encomendada reforma da previdência, Bolsonaro mostra tranquilidade em distribuir recursos para os deputados fazerem sua velha política mentirosa nos seus estados. No tocante à principal proposta do avanço golpista desde a Lava-Jato e a apodrecida “Ponte Para o Futuro” de Temer, vale qualquer método, até mesmo a velha corrupção legalizada do presidencialismo de coalização.

Tudo isso com o mais aberto apoio de todos os capitalistas interessados nessa reforma. As patronais da indústria e do comércio, encabeçadas pela FIESP, movem suas forças para difundir vídeos pelas redes sociais tentando enganar os trabalhadores dos reais efeitos da Reforma da Previdência.

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A Bolsa de Valores e os especuladores dão fôlego aos parlamentares do Congresso e se animam com a sinalização de Rodrigo Maia de que a reforma também poderá incorporar os orçamentos estaduais à remessa de lucros estrangeiros sugados da aposentadoria. Com um forte “Amém” à fraudulenta dívida pública, todos os capitalistas pressionam a unidade das forças reais de poder, apesar das suas disputas cada vez mais intensas, pelos ajustes neoliberais.

Essa batalha pela reforma unifica não só Bolsonaro e Rodrigo Maia, o STF e a Lava-Jato de Moro, os generais e os olavistas, que seguem de fundo com suas disputas autoritárias pelo rumo do regime político em ponto de mutação, mas também os governadores dos estados. Um “acordo nacional” histórico, nas palavras de Rodrigo Maia, contará com o apoio à reforma dos governadores da direita como Dória (PSDB) e Witzel (PSC), mas também todos os governadores do PT, do PCdoB, PSB e PDT.

Uma vergonhosa participação ativa, sobretudo por parte do PT e PCdoB (ditos de oposição), nas negociações sujas que Maia e Bolsonaro estão encaminhando junto aos capitalistas, cujos governadores deverão compor até mesmo a comissão da Câmara.

Garantem a paz para que essas negociações aconteçam conforme seus planos de incluir os estados e municípios através do controle que exercem através das suas centrais sindicais CUT e CTB, mas também da UNE. Traíram a greve geral do 14J e impedem que os trabalhadores e estudantes fortaleçam suas assembleias e espaços de autoorganização para responder aos ataques.

Não precisamos de nenhuma reforma da previdência. Basta de atacarem nossos direitos mínimos e básicos a custo de manter os lucros e privilégios de uns poucos empresários, banqueiros e políticos. É preciso impor o não pagamento da fraudulenta dívida pública, uma verdadeira bolsa-banqueiro que constrange o orçamento nacional em função da especulação de banqueiros bilionários, garantindo o repasse da maior parte do orçamento público para a manutenção do lucro dos grandes empresários e banqueiros. Basta de acordos, nossas vidas não estão em negociação!

 
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