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FUTEBOL FEMININO
Depois de recusar patrocínio, Marta pode ser punida por protestar contra desigualdade salarial
Redação

Alguns sites têm aventado a hipótese da FIFA punir a jogadora de futebol Marta Vieira da Silva por propaganda irregular de produtos. Como todos sabem, ela se recusou a receber patrocínio das empresas de material esportivo, pois iria receber menos que o valor pago aos jogadores homens e saiu em campo, no jogo contra a Austrália, com as chuteiras com a logo de uma campanha por igualdade de gênero.

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A jogadora quis chamar atenção para essa realidade quando se recusou a aceitar receber menos e a estampar uma campanha política nas suas chuteiras. Mas essa não é a única expressão da discriminação de gênero no futebol, as condições que as jogadoras estão enfrentando foram bem diferentes, com machucados pelo corpo devido ao gramado sintético em todos os campos e sensação térmica de quase 50º graus.

Outra prova disso é esta ser a primeira copa de futebol feminino transmitida pela Rede Globo de Televisão ao vivo, tamanha a desvalorização do futebol feminino no país. As jogadoras sofrem com a falta de patrocínios, os salários baixíssimos e a falta de incentivos por parte do Estado.

Há algum tempo, Marta vem denunciando esta situação. Uma jogadora da seleção feminina de futebol ganha o mesmo que um jogador de base no futebol masculino. Marta, eleita seis vezes a melhor do mundo, ganha menos de 1% do salário de Neymar.

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As ameaças à jogadora se dão pelas chuteiras com o símbolo da igualdade de gênero e por no jogo contra a Itália, Marta ter usado um batom roxo, que seria supostamente uma propaganda da Avon. Duas desculpas para buscar silenciar a forte denuncia que ecoou com muita força num momento onde as ideias feministas crescem.

A Fifa ainda não se manifestou. Mas o fato concreto é que as duas hipóteses não configuram propaganda irregular e se for punida será uma demonstração da tentativa silenciar esta denúncia de gênero e uma busca de controlar um dos esportes mais populares do mundo.

 
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