A subutilização de jovens entre 18 e 24 anos sempre é maior no mercado de trabalho, mas em momentos de crise essa tendência se agrava, porque os jovens tem menos experiências e isso faz com que eles sejam mais vulneráveis em momentos de crise.
A porcentagem alarmante de jovens desempregados está intrinsecamente ligado a atual conjuntura que o país vive. Após o golpe de 2016, os dados de desemprego vem aumentando a cada ano. O atual governo de Bolsonaro que foi eleito com a promessa de que iria recuperar a estabilidade econômica e o emprego se mostra um verdadeiro desastre.
A crise instalada no congresso parece que não finda tão cedo e enquanto isso o desemprego cresce e a juventude tem sido o setor que mais sofre com subutilizações. Uma parcela desses jovens prestam os serviços mais precários, como Ifood e Rap, arriscando suas vidas cotidianamente. Sem carteira assinada e nenhum direito trabalhista.
A Reforma Trabalhista de Temer foi um grande passo para massificação da precarização dos serviços. Os jovens que conseguem empregos nas empresas, assinam contratos temporários e precários sem direitos trabalhistas, como por exemplo, o seguro desemprego.
Isso implica na previdência, com os trabalhadores mais jovens fora do mercado de trabalho, haverá menos contribuição para o sistema previdenciário. O atual modelo de previdência é contribuitivo, ou seja, os trabalhadores da ativa pagam os benefícios dos aposentados.
No entanto, o principal projeto do governo é aprovar a reforma da previdência que fará com que os trabalhadores, trabalhem até morrer. O futuro que os golpistas reservam para a juventude é o fim dos direitos trabalhistas e trabalhar até morrer.
A juventude e a classe trabalhadora entraram em cena nos dias 15 e 30M e no dia 14J, dia da greve geral. A juventude e os trabalhadores vem se unindo contra os cortes da educação a reforma da previdência e Bolsonaro. A aliança entre a juventude e a classe trabalhadora mostra o caminho para derrotar os cortes, as reformas e mostrar para o PT e as centrais sindicais que tentar negociar com o centrão, que nosso futuro não se negocia.
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