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GREVE MINEIRA NO CHILE
Greve em Chuquicamata: sindicatos anunciam radicalização das mobilizações
Matías "Mono" Morales

Os trabalhadores mineiros de Chuquicamata no Chile completam 5 dias de greve e os sindicatos anunciaram nesta segunda, 17, a radicalização das mobilizações.

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Chegando à quarta jornada de paralisações sem chegar a um acordo com a mineradora estatal de cobre, os 3,2 mil trabalhadores decidiram bloquear dois dos acessos aos postos de trabalho. Para isso, trabalhadores e trabalhadoras dos 3 sindicatos mobilizados se uniram e instalaram acampamentos nas imediações dos acessos às minas para evitar o acesso dos trabalhadores que estão fora das mobilizações.

Esta ação foi alavancada pela intransigência da gerência geral da mineradora estatal que, nesta segunda, passou a controlar e restringir o acesso dos trabalhadores sindicalizados que pertencem à mobilização à entrada ao recinto assistencial das minas. Soma-se a isso a publicação, na última quinta (13), de um documento informando a interrupção do atendimento no Hospital do Cobre, que despertou a indignação dos trabalhadores.

Liliana Ugarte, presidenta do Sindicato Nº 2, na tarde da segunda-feira declarou que “esta greve não vai parar até que a Codelco (empresa estatal chilena de mineração de cobre) recapacite e escute a voz dos trabalhadores”.

Outra questão que leva os trabalhadores mineiros a radicalizar seus métodos de pressão foram as declarações do Ministro da Mineração, Baldo Prokurica, que reiterou seu chamado ao “diálogo e a buscar uma solução para a mobilização”. Sua declaração foi recebida com profundo rechaço entre os trabalhadores mobilizados que tem sentido na pele que o “diálogo” por parte do governo tem se resumido ao deslocamento de grandes contingentes policiais para as imediações das minas prontos para reprimir as mobilizações. Além disso, um dos chefes da própria mineradora reconheceu serem “pequenas as possibilidades de que a Codelco melhore sua oferta”, o que inflamou os ânimos dos grevistas.

Agora que segue a paralisação docente, após o rechaço esmagador a nível nacional da proposta miserável do governo, com um chamado para uma jornada de mobilização nacional para esta quinta (20). E que, também, as direções do movimento estudantil mostram disposição para unificar as lutas, bem como o chamado à paralisação nacional das trabalhadoras da Junta Nacional de Jardins de Infância (JUNJI), Integra Chile e das manipuladoras de alimentos, é possível estabelecer redes de solidariedade com os trabalhadores dos sindicatos mineiros de Chuquicamata.

A greve dos trabalhadores mineiros, que se soma à greve dos docentes e à luta dos estudantes, tem lugar em um momento de baixa na popularidade do presidente Sebastián Piñera e de grande rechaço popular às suas reformas e políticas de maior repressão e perseguição à juventude.

 
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